domingo, 9 de janeiro de 2011

Jesus Cristo

Jesus Cristo

Jessica Mendes

A história de Jesus é a história que nos aparece nos evangelhos contada por aqueles que têm fé em Jesus que Ressuscitou e que interpretam as suas recordações de Jesus, com quem conviveram, à luz da sua fé.
Foi desta experiência da ressurreição que nasceu a história de Jesus a quatro vozes. Ou seja, a narrativa dos quatro evangelhos.
Que em rigor, são apenas um Evangelho (Boa Nova) escrito por quatro pessoas diferentes.
É sobre a história de Jesus que vamos reflectir. Pois é esse Jesus, chamado o Cristo, que nos que nos interessa conhecer melhor. Porque, de facto, Ele transformou a vida de muitos homens e de muitas mulheres e hoje quer transformar a nossa própria vida.

O que nos diz a Palavra de Deus?
Uns dizem que é João Baptista, outros que é Elias, outros que é Jeremias, ou alguns dos profetas.
Perguntou-lhes de novo: E vós, quem dizeis que Eu sou?
O que nos diz a Palavra de Deus é que por volta do ano 30 da nossa era, um homem chamado Jesus começou a pregar na Galileia.
Não era sacerdote, não pertencia a nenhum dos grupos existentes naquela época.
Não tinha feito estudos, era carpinteiro de profissão, ajudando o Pai
Falou às vezes nas sinagogas, mas preferia o ar livre: o alto dum monte, uma praia à beira do mar de Tiberíades, as praças das aldeias.
Começou a segui-lo numerosa multidão; havia um grupo mais constante de discípulos e, entre estes, ele escolheu doze a quem chamou apóstolos, isto é, enviados.
É com esses doze apóstolos que vai percorrer toda a Galileia e Judeia.
As multidões admiravam os seus milagres e sentiam-se tocadas pelas suas palavras.
Ao contrário dos sacerdotes e dos doutores da Lei, que mantinha as distâncias, Jesus andava no meio dos pobres, mostrava consideração pelas mulheres, acarinhava as crianças; tinha compaixão pelos doentes e curava-os; sentava-se à mesa com os pecadores e, quando alguém o censurou por isso, respondeu: Eu não vim chamar os justos, vim para chamar os pecadores.
Jesus viveu na terra sem poder, não quis ser rei, nem diplomata, nem banqueiro, nem doutor, nem sequer padre.
Nunca disse que era o Messias, a não ser à samaritana e, já perto do fim da sua vida, a Pedro e aos apóstolos.
Afirma que Ele próprio há-de salvar todos os homens e todas as mulheres que queiram ser seus seguidores.
Por isso, à sua mensagem chama Boa-Nova, Ou seja, a notícia da salvação de todos os que acreditarem nele, é precisamente, deste modo, que será instaurado o Reino de Deus.

Jesus veio anunciar o Reino de Deus

Jesus Cristo é uma pessoa. E, como qualquer pessoa, revela-se por aquilo que diz e faz.
Na pregação de Jesus há um tema central que fundamenta todas as suas palavras e gestos: o Reino de Deus.
Jesus Cristo veio anunciar a Boa Nova do Reino, fá-lo através dos milagres e do seu discurso, principalmente através das parábolas.
Não é um tema fácil. Jesus Cristo nunca definiu com exactidão o que era o Reino de Deus, mas podemos perceber o que Ele nos quis dizer a partir das suas palavras e da sua pessoa.
O Reino de Deus não correspondia minimamente às expectativas dos judeus.
Na verdade no tempo de Jesus havia a expectativa de um reino messiânico. O Povo de Israel, olhando para sua história, esperava uma intervenção de Deus, que libertasse o mundo da escravidão do mal e do pecado.
Esperavam a inauguração de um Reino novo de paz, verdade e justiça.
Israel esperava um Reino que se impusesse pela força do poder e da soberania de Deus, mas foi confrontado com um Reino que se impõe pela força desconcertante do amor e da misericórdia de Deus.
Esperava um rei, o Messias prometido, que governaria esse Reino Novo, mas Jesus revela-se um Messias diferente do esperado. Ele não é um rei todo-poderoso.
É um homem humilde, que nem um tecto digno teve para vir ao mundo.
Não vive num palácio real, cresce no seio duma família pobre.
Não é coroado num trono com uma coroa de pedras preciosas, mas numa cruz, com uma coroa de espinhos. O reino dele era novo, mas não o Reino esperado.
O Reino de Deus não vem de maneira ostensiva.
Ninguém poderá afirmar: ‘Ei-lo aqui’ ou ‘Ei-lo ali’, pois o Reino de Deus está em vós
O Reino de Deus começa quando os homens começarem a amar a Deus e a amar-se uns aos outros.
É uma aventura sem fim, que culmina, de facto, na Vida Eterna. É obra dum poder novo, o poder do amor de Deus. A lei do deste reino é a Lei do Amor.
O Reino de Deus começou com a Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.
Porque o Reino de Deus não é mais do que a presença salvadora de Deus no mundo que acontece na pessoa do seu Filho, Jesus Cristo.
E é no Mistério Pascal da Morte e Ressurreição que Jesus revela a presença definitiva de Deus no meio da humanidade.
Este reino novo é feito por homens e mulheres novos, à imagem de Cristo, o verdadeiro homem novo.
Do encontro com Cristo nasce a necessidade de mudar o que na nossa vida não está bem e recomeçar a caminhada.
O reino de Deus é um caminho de conversão, uma conversão sempre à luz do exemplo de Jesus Cristo
Este Reino vai crescendo, este reino já começou, é já uma realidade presente, mas só terá a sua realização final no fim dos tempos, quando todos vivermos plenamente como Jesus Cristo.
Por isso, Ele chama cada um de nós para construirmos esse Reino de Deus. Apesar das nossas limitações e das nossas infidelidades, ele confia-nos a tarefa de continuarmos a sua obra.
A construção do Reino não é só obra dos homens, ela é antes de mais uma obra de Deus, que os homens realizam sempre que deixam o espírito de Deus agir através deles. Esta conversão das nossas atitudes e das nossas palavras são o único caminho da nossa salvação.
Sempre que deixamos Jesus entrar na nossa vida e o testemunhamos no nosso dia-a-dia estamos a percorrer o caminho da nossa Salvação.
Aliás, Jesus significa isso mesmo «Deus que salva».
Quem aceitar Jesus, pela fé, no seu coração e seguir o seu exemplo será um «homem novo» ou uma «mulher nova», com uma vida nova, será irmão de Jesus, filho adoptivo de Deus, «herdeiro da vida eterna. Foi para isso que Deus nos deu o seu filho, para que todo o que crê nele não se perca, mas tenha a vida eterna

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