domingo, 9 de janeiro de 2011

Cultura Muçulmana

Índice
Introdução 3
MODOS DE VIDA: VESTUÁRIO, HÁBITOS, AGRICULTURA E TRADICÕES 6
O IMPÉRIO MUÇULMANO 6
HERANÇA MUÇULMANA 7
ENGENHOS E CONSTRUÇÕES LIGADOS À ÁGUA 9
AGRICULTURA 10
TECNOLOGIA DA IRRIGAÇÃO 12
Algumas palavras portuguesas de origem árabe 15
Rituais e Festas 15
Data 17
Celebrar 17
Convidados 17
A cerimónia - Manjha 17
A procissão do noivo 18
A chegada do noivo e dos convidados 18
A cerimónia do casamento - Nikah 18
A cerimónia Rukhsat 19
Presentes 19
Alguns tipos de Trajes Muçulmanos 20
O Mundo Islâmico 23
Culto 24
Alguns Princípios Islâmicos 24
O Mês do Alcorão 25
Jejum do Dia 26
Escolhas Morais Comunitárias 35
A Mulher como 36
Criança e Adolescente 36
Como Esposa 37
O Alcorão diz 38
Como Mãe 38
Tribos Urbanas, do Século XXI Seus Valores e Tradições 38
Gastronomia Muçulmana 41
Fruta na Gastronomia Muçulmana 44
A fruta é servida no final de cada refeição, é utilizada nas saladas ou na decoração de pratos. 44
Secagem dos Frutos 45
Frutos Secos 45
Grãos, Feijões e Arroz na Gastronomia Muçulmana 47
Vegetais e Plantas na Gastronomia Muçulmana 50
Utensílios Utilizados na Cozinha Muçulmana 52
Receitas Muçulmanas 53
Bolinhos de Balah 53
Couscous com Borrego 54
Algumas dessas festas: 57
Dança com Véus 59
Dança dos Sete Véus 59
Dança com Cimitarra, mais conhecida como a Dança da Espada 60
Dança Com Punhal 60
Dança das Velas 61
Dança com Snujs 61
Dança com Daff 62
Raks al Nachaat Khaleege 62
Guedra 62
Bibliografia 66

Introdução

O trabalho foi realizado em grupo onde tentamos abordar a cultura muçulmana, todos os seus costumes e tradições, desde a gastronomia, vestuário, religião, agricultura e o modo de vida.
Os Muçulmanos estiveram cerca de 800 anos na Península Ibérica e por isso influenciaram muito a população local. Muitos dos habitantes da Península Ibérica chegaram mesmo a converter-se à religião islâmica, a falar o idioma (língua) árabe e a aceitar totalmente os seus costumes. Os agricultores muçulmanos fizeram importantes avanços na agricultura, desde as enxertias, utilização de fertilizantes nas colheitas, o fertilizante mais utilizado era o escremento dos animais.
Na cultura muçulmana existem muitos costumes, o casamento muçulmano pode ser realizado de diversas maneiras, depende da cultura e da região onde este é celebrado.
As mulheres muçulmanas não podem casar fora da religião, embora os homens muçulmanos o possam fazer. Entre muçulmanos, é a família do noivo que procura uma noiva que considere adequada ao noivo.
O casamento muçulmano é uma espécie de contrato entre o homem e a mulher e o seu guardião. A religião muçulmana tem crescido nos últimos anos, é actualmente a segunda maior do mundo e está presente em todos os continentes, porém, a maior parte de seguidores do islamismo encontram-se nos países árabes do Oriente Médio e do norte da África, é uma religião monoteísta, ou seja tem apenas um Deus, Alá foi criada pelo profeta Maomé, a doutrina muçulmana encontra-se no livro sagrado, o Alcorão ou Corão, que foi fundada na região da actual Arábia Saudita, para eles o mês do Ramadão é muito importante pois é o mês em que eles fazem o jejum, e a peregrinação a Meca.
Todo o muçulmano tem 2 gostos peculiares, (são dois gostos que eles admiram em particular), ter sempre comida farta à mesa e o bom gosto por mulheres bonitas.
Colocar um muçulmano sentado a uma mesa, com pouca variedade de alimentos, é uma ofensa muito grave.
Para eles o degustar dos alimentos tem também a expressão de encher a vista, a mesa tem de estar cheia, o muçulmano precisa de ver que ainda sobrou muito, mesmo que a comida retorne à mesa no dia seguinte, ninguém pode negar voltar à mesa no dia seguinte.
A cultura muçulmana também é muito rica em músicas e danças tendo como alguns exemplos, a dança dos sete véus, dança do punhal, dança do pandeiro entre muitas outras.
A posição do Islam na sociedade difere igualmente de um país para outro, segundo a tradição de cidadania e segundo a maneira como as relações entre a política e a religião se organizam. Em todos os casos, impõe-se a necessidade, conforme os valores democráticos, de reconhecer o islamismo como uma das religiões da população nacional.
Muitos muçulmanos europeus, sobretudo os jovens, deparam-se com obstáculos à sua progressão social, o que pode causar um sentimento de desespero e exclusão social.
Racismo, discriminação e marginalização social são graves ameaças à integração e à coesão da comunidade.

MODOS DE VIDA: VESTUÁRIO, HÁBITOS, AGRICULTURA E TRADICÕES
O IMPÉRIO MUÇULMANO

No século VII, apareceu uma nova religião na Península da Arábia – o islamismo.
Os Árabes converteram-se a essa nova religião pregada por Maomé.
Ele pedia aos crentes muçulmanos que espalhassem a mensagem a todos os outros povos.
Para pregar a nova religião e para aproveitarem as riquezas das novas terras, os muçulmanos conquistaram muitos territórios.
Em 711, comandados por Tarik, os Muçulmanos atravessaram o estreito de Gibraltar e invadiram a Península Ibérica.

O avanço dos mouros, (Muçulmanos) na Península Ibérica, foi rápido. No Norte da Península Ibérica tornou-se mais difícil vencer os cristãos porque se refugiaram nas montanhas das Astúrias. Também se tornou difícil defender e manter os territórios conquistados, pois os cristãos organizaram-se para o contra-ataque. A reconquista de terras aos muçulmanos foi feita com avanços e recuos e demorou quase oito séculos no Sul da Península Ibérica.

CONVIVÊNCIA ENTRE MUÇULMANOS E CRISTÃOS

Cristãos e Muçulmanos não andavam sempre em guerra, houve períodos de paz em que mouros e cristãos conviviam e respeitavam-se mutuamente, tudo isto contribuiu para essa convivência, a tolerância religiosa e o respeito pelos costumes e tradições praticados tanto pelos Cristãos como pelos Muçulmanos.

Cristão e Muçulmano a jogarem xadrez
Imagem do século XIII que simboliza um dos muitos acordos entre Cristãos e Muçulmanos


HERANÇA MUÇULMANA

Os Muçulmanos estiveram cerca de 800 anos na Península Ibérica e por isso influenciaram muito a população local. Muitos dos habitantes da Península Ibérica chegaram mesmo a converter-se à religião islâmica, a falar o idioma (língua) árabe e a aceitar totalmente os seus costumes.
A influência muçulmana foi muito forte nas terras a sul do Tejo, por essa zona ter sido reconquistada mais tarde. Aí se formaram grandes e populosas cidades muçulmanas como Córdova, Granada, Lisboa, Mértola ou Silves. Os seus habitantes viviam em ruas tortas e estreitas, com escadinhas, casas muito juntas e quase sem aberturas para o exterior. Em Portugal, toda a zona do Algarve e Baixo Alentejo ainda hoje revela fortes marcas da influência muçulmana.


Azulejos

Portas islâmicas da mesquita de Mértola Pátio de influência árabe, em Lisboa

As casas tinham terraços, pátios interiores e eram caiadas de branco. No Algarve podemos ver ainda hoje casas com características herdadas dos mouros: terraço (chamados açoteias) onde a chuva pouco intensa é conduzida para depósitos ou cisternas, paredes caiadas de branco que reflecte o sol e torna as casas mais frescas. As portas e janelas não são largas, pelo mesmo motivo. São casas adaptadas ao clima.

Chaminés algarvias Terraços de Olhão

Os Muçulmanos desenvolveram algumas indústrias artesanais:
Armas e outros trabalhos de metal (em Toledo)
Carros e Arreios (em Córdova),
Tapetes (em Arraiolos)

Sendo um povo vindo do deserto, onde havia falta de água, os Árabes dominavam as técnicas de captar, elevar e distribuir a água e os povos da Península Ibérica aprenderam com eles, essas técnicas. Assim, passaram a dispor mais facilmente de água para o consumo doméstico, para mover moinhos, regar terrenos de cultivo e jardins.
ENGENHOS E CONSTRUÇÕES LIGADOS À ÁGUA

Para a captar e elevar
Para a distribuir
Para a reter

Para a guardar
Como força motriz



A agricultura também beneficiou com a presença dos Muçulmanos. Com as novas técnicas de regadio puderam cultivar legumes e plantar árvores de fruto.
Além de darem a conhecer os processos de rega até aí desconhecidos, a nora, a picota, e o açude também generalizaram o uso de moinhos de vento.


Cultivaram novas plantas que ainda hoje vemos nos nossos campos: laranjeira, limoeiro, amendoeira, figueira, alfarrobeira, meloeiro e provavelmente arroz. Também desenvolveram o cultivo da oliveira.
Ficaram célebres os grandes pomares que plantaram no Algarve, os figos e uvas de Évora e as enormes maçãs de Sintra.

laranjeira
Amendoeiras e Oliveiras

Nora

Figueira
AGRICULTURA


Marrocos: Agricultura - são campos de cevada na região do Vale Draa Afeganistão: Irrigação - os camponeses irrigavam os campos e plantavam depois as sementes


Marrocos - Montanhas do Atlas: este homem está a lavrar com uma parelha de cavalos Afeganistão: este homem está a lavrar os campos com um arado de madeira e dois bois. Os bois e as vacas não eram muitas das vezes consumidos, porque eram demasiado úteis nos campos e devido ao consumo do leite.

Os agricultores muçulmanos fizeram importantes avanços na agricultura.
Desenvolveram um processo chamado de enxertia,que consiste em cortar um ramo da árvore de fruta que é cortado e transplantado noutra, como representa a imagem.

A enxertia

Os agricultores muçulmanos aprenderam a utilizar fertilizantes nas colheitas. O fertilizante que geralmente utilizavam, era os excrementos dos animais.
TECNOLOGIA DA IRRIGAÇÃO
Os agricultores muçulmanos aprenderam a levar a água para os campos através da irrigação. Construíram canais a partir dos rios até aos campos. Utilizavam os animais, tais como burros, e camelos para fazerem girar as rodas.

Algumas rodas medievais ainda se encontram a trabalhar, que é o caso desta que se encontra no Irão.
Cultivar o trigo e o arroz eram trabalhos bastante duros. A maior parte do trabalho tinha que ser feito manualmente, e com ferramentas muito simples de madeira ou de metal. Os animais ajudavam a lavrar e a fazer rodar as rodas da irrigação, mas todo o resto era feito pela força manual dos agricultores.

Os muçulmanos trouxeram para a Península novos conhecimentos de Medicina, Navegação, Astronomia e Matemática, muito evoluídos para a época.
Das viagens ao Oriente trouxeram muitas notícias, que se tornaram úteis quando os Portugueses no século XV, partiram para a descoberta de novas Terras.
Os Árabes também divulgaram a bússola e os instrumentos de orientação pelos astros, como o astrolábio (instrumento astronómico) utilizados nos Descobrimentos Portugueses. As caravelas, e os barcos utilizados nas viagens das descobertas, têm influências do carib árabe.
Além da Astronomia também desenvolveram a Geografia, ao traçarem mapas e ao relatarem todas as viagens que faziam por terras desconhecidas.
Os algarismos que hoje utilizamos e que substituíram a numeração romana, foram trazidos para a Península Ibérica pelos Muçulmanos.
Desenvolveram o conhecimento do fabrico do papel e da pólvora.
Há também na língua portuguesa cerca de 600 palavras que são de origem árabe.
Algumas delas são fáceis de identificar porque começam por al. O nome de muitas terras portuguesas é também de origem árabe, como por exemplo: Silves, Loulé, Tavira, Évora, etc.
As palavras de origem árabe começam geralmente com o artigo definido al (por exemplo, almofada, de al + mohada), sendo, às vezes, o l assimilado pela consoante seguinte (azeitona, al + ceitun). Além destes substantivos, o árabe deixou também alguns adjectivos (mesquinho, baldio) e uma preposição (até).
Algumas palavras portuguesas de origem árabe
Algarve Azeite Arroz Algarismo Limão Açude Azeitona
Alfinete Almofada Almoxarife Javali Arsenal Alcachofra Tapete
Alface Alfaiate Laranja Açúcar Almirante Abóbora Alicerce
Alicate Azulejo Alfândega Acepipe Refém Aldeia Ferreira
Oxalá Almocreve Algodão Alferes Arrabalde Alcântara Açucena
Rituais e Festas
Os rituais constituem a essência da prática islâmica. Os mais importantes são os Cinco Pilares do islão acções que todos os muçulmanos devem praticar. Eles incluem orações diárias, um jejum anual e ao menos uma peregrinação na vida à cidade sagrada de Meca. Ritos de passagem, que marcam os diferentes estágios da vida do indivíduo e das suas famílias. A família é o âmago (essência) da comunidade islâmica as cerimónias religiosas muitas vezes envolvem todos os membros.
Os rituais incluem as cerimónias de nascimento e baptismo, e a iniciação da criança à educação religiosa. Além disso, várias festas islâmicas são celebradas anualmente em toda a parte do mundo muçulmano. Elas caracterizam-se pela sobriedade e servem para estreitar laços comunitários e fortalecer a fé.
O Islão é muito mais que uma religião: complementa os princípios de uma vida social ou política.
Tradições
O casamento muçulmano pode ser realizado de diversas maneiras, depende da cultura e da região onde este é celebrado. As mulheres muçulmanas não podem casar fora da religião, embora os homens muçulmanos o possam fazer. Entre muçulmanos, é a família do noivo que procura uma noiva que considere adequada ao noivo.
O casamento muçulmano é uma espécie de contrato entre o homem e a mulher e o seu guardião. Este contrato implica o pagamento de um valor, decidido pelas duas partes e pago pelo noivo na altura em que o contrato é feito. Este pagamento pode não ocorrer, caso as duas partes decidam eliminá-lo. A noiva nem sempre está presente quando o contrato é feito, porque será representada pelo pai ou guardião um deles estará presente, caso a noiva não esteja presente, duas testemunhas vão perguntar à noiva se ela dá ao seu representante poderes para celebrar o contrato e se concorda com a quantia paga.
A oferta do casamento é feita pelo pai da noiva, ou pelo seu guardião. Segue-se uma aceitação feita pelo noivo, na presença de duas testemunhas muçulmanas. A noiva tem direito a receber a quantia referente ao contrato e fazer dela o que entender. O valor recebido poderá ser em dinheiro ou em géneros, e deverá ser especificado antes que o noivo o entregue à noiva.
Cerimónia de noivado - Mangni
O Mangni ou a cerimónia de noivado implica a troca de anéis. O traje da noiva para esta festa é oferecido pela família do noivo. O período de noivado dura cerca de três meses, e caso os noivos não se casem ao fim deste período, o contrato de casamento deverá ser renovado. Durante o noivado, a noiva só poderá estar na presença do seu noivo caso o pai ou irmão também estejam presentes.
Data
O calendário muçulmano ocorre segundo o ciclo lunar, por isso não há datas fixas para casamentos. Pode-se também casar a qualquer hora do dia. No entanto é proibido casar nos dias de Eid (festidade que marca o fim do mês do jejum) que ocorrem depois do Ramadão, e do de Pilgrimage (Peregrinação) também não se pode celebrar um casamento no dia de Ashura (dia de luto islâmico) que calha no nono ou décimo dia do primeiro mês do Islam.
Logo que se saiba a data do dia do casamento, fala-se com o Íman da mosquita, e logo de seguida o noivo deve preparar o presente para a noiva, pois é uma das partes mais importante da cerimónia do casamento.
Celebrar
Qualquer homem que conheça as tradições do Islam poderá celebrar a cerimónia de casamento muçulmana, embora a mosquita tenha um oficial de serviço que normalmente o faz.
Convidados
Num casamento muçulmano podem comparecer convidados de todas as religiões. Embora os convidados devam ter em conta que não devem usar trajes decotados, ou reveladores do corpo.
A cerimónia - Manjha
A cerimónia do casamento implica que a noiva seja previamente envolvida numa massagem feita com uma pasta à base de açafrão. Isto acontece na casa da noiva, um a dois dias antes do casamento. A pasta é feita à base de açafrão, sândalo e óleo de jasmim, providenciado pela família do noivo. A noiva também é tatuada com henna.
Só as raparigas solteiras podem aplicar henna à noiva. As tatuagens de henna são aplicadas nas mãos e nos pés. Depois desta cerimónia a noiva não sai de casa até ao dia do casamento. No dia do casamento, é-lhe oferecido o traje de casamento pela família do noivo.

A procissão do noivo
No dia do casamento, é comum fazer-se uma procissão de amigos e familiares que acompanham o noivo de casa até ao local do casamento, embora o noivo possa ir de carro.
A chegada do noivo e dos convidados
A chegada do noivo ao local da cerimónia, é acompanhada por tambores e pelo som de mais alguns instrumentos musicais tradicionais. À sua chegada, o noivo e o irmão da noiva trocam um copo de sherbet (uma bebida adocicada) e uma quantia simbólica de dinheiro. As irmãs da noiva dão as boas-vindas aos convidados tocando-lhes com uma espécie de bastão decorado com flores.
A cerimónia do casamento - Nikah
Se não existir nenhuma área coberta especial, é erguida uma tenda para celebrar o casamento, nalgumas cerimónias muçulmanas, especialmente naquelas mais tradicionais, os homens e as mulheres sentam-se em locais distintos.
Antes de ser lida uma parte seleccionada do Corão, na presença de duas testemunhas muçulmanas, o sacerdote pergunta à noiva se está satisfeita com o acordo e se ela concorda em casar com o noivo, e ao noivo é feita a mesma questão.
As duas partes ouvem um sermão relativo ao casamento, feito por um oficial muçulmano, não existem especificações especiais, a cerimónia do casamento depende muito de quem a celebra, alguns sacerdotes recitam o primeiro capítulo do Corão, e fazem a bênção.
O casamento é registado, e é assinado primeiro pelo noivo e por duas testemunhas, a noiva assina a seguir, os documentos do casamento são preenchidos na mesquita, o noivo é levado para o lado das mulheres, ele oferece dinheiro e presentes às irmãs da noiva, o noivo recebe a bênção das mulheres mais velhas da família e a seguir cumprimenta-as.
Pode-se atirar confitis à noiva, mas tradicionalmente atiraram-se moedas, este gesto é muito mais antigo.
Segue-se o jantar, que é servido separadamente as mulheres de um lado e os homens de outro, mas a família do noivo festeja à parte. Diversos doces e frutos secos, são servidos aos convidados.
Depois da primeira refeição, o noivo e a noiva sentam-se juntos, e um grande lenço é utilizado para cobrir as cabeças enquanto o sacerdote e os noivos fazem as orações. O Corão é mantido entre eles e é-lhes permitido ver-se um ao outro através do reflexo dos espelhos.
O noivo passa a noite na casa da noiva, num quarto separado desta, junto com o irmão mais velho da noiva. Na manhã seguinte o noivo, recebe dos pais da noiva, vários presentes: assim como roupas e dinheiro. Na tarde seguinte, os familiares acompanham os noivos à casa deles.
A cerimónia Rukhsat
Na casa dos noivos, a saída do pai da noiva é feita com o gesto a entregar a mão da sua filha ao noivo e pedindo-lhe para a proteger para sempre, nesse momento fazem-se as despedidas finais.
Outra tradição que pode acontecer, é quando a noiva entra na nova casa, a sogra segura o Corão sobre os noivos. Quatro dias depois do casamento a noiva volta para a casa dos pais, para a recepção do casamento que se realiza quando o noivo leva a noiva e a família dele para essa recepção dada pela família da noiva. E é neste momento que as duas famílias se tornam numa só.
Presentes
Os presentes são trocados entre a família do noivo e da noiva antes e depois do casamento.
Trajes para o Casamento
Os trajes num casamento muçulmano a cor vermelha (cereja) é a cor preferida para o vestido da noiva, a noiva é enfeitada com flores e jóias. O cobrir a cabeça com um véu é sinal de respeito, o comprimento do véu pode variar, não cobre só a cabeça mas também os ombros, indo quase até à cintura.
A preparação da noiva pode durar alguns dias, sendo a noiva enrolada com vestido, o vestido usado com o véu é colocado numa ponta na cintura da noiva, e enrolado à volta do corpo caindo a ponta final sobre o ombro este vestido é habitualmente feito de seda e adornado de um belo padrão. O centro do véu cobre a cabeça e as pontas são colocadas por debaixo dos braços e metidas no restante vestido.
O noivo pode usar um fato de seda brocada e um turbante como fato de casamento.
A noiva Árabe usa um tradicional vestido branco e véu tal como num casamento cristão, embora os seus pés e mãos sejam cobertos com henna. O noivo usa uma roupa simples tradicional ou um fato ocidental, ou mesmo uma combinação dos dois.
Alguns tipos de Trajes Muçulmanos
A burqa ou burca é uma veste feminina que cobre todo o corpo, o rosto e os olhos, é usada pelas mulheres do Afeganistão e do Paquistão, em áreas próximas à fronteira com o Afeganistão.

O Niqab, cobre todo o resto só deixa apenas os olhos de fora, normalmente é preto, e pode-se encontrar em várias cores. É acompanhado na maioria dos casos, com luvas pretas e abaya preta.

O Khimar, é um tipo de véu, que vai até a cintura cobre todo o tronco, existe em várias cores.

O Chador, é um vestido comprido que é preso à cabeça, é usado no Egipto e no Irão.


O Jilbab, um sobretudo, comprido mas mais folgado.

O Abaya, é um vestido longo e bem folgado, para que o corpo não fique marcado. Encontra-se em várias cores, estilos, e tecidos.
A roupa obrigatória estipulada na religião Islâmica tem os seguintes requisitos:
 Ser folgada.
 Não marcar o corpo.
 Não ser transparente.
 Não ser demasiada enfeitada com brilhos e cores, porém, não deve ser descuidada e feia.
 Ser modesta.
O que não é obrigatório dentro da religião Islâmica.
Se a mulher muçulmana deseja ir além do obrigatório e se ela se cobrir ainda mais, poderá utilizar certas peças de roupa que são consideradas opcionais.
 Luvas
 Niqab
 Chador
Crenças Islâmicas
O Islamismo ou Islam é uma religião de fidelidade a Deus que começou historicamente na Arábia, no século VII, com o Profeta Maomé. "A paz esteja com ele", uma bênção repetida a qualquer menção do seu nome, mostra a reverência que se tem pelo Profeta. Contudo, segundo o próprio relato, o Islam começou como o modo de vida, ou din (geralmente traduzido como "religião"), que Deus pretendeu para a criação desde o início.
A crença muçulmana exprime-se na fórmula chamada chahada, ou profissão de fé: "Só há um Deus e Maomé é o Seu profeta". Os muçulmanos acreditam num juízo final e na vida após a morte A no céu ou no inferno. Eles seguem a orientação espiritual do Corão e dos hadiths, palavras e actos de Maomé e seus companheiros.
O Mundo Islâmico
Assim que a fé foi revelada a Maomé, o islamismo difundiu-se rapidamente pelo Médio Oriente e pelo norte de África. O Médio Oriente ainda é o centro do mundo islâmico e essa fé predomina em todos os países da região, excepto em Israel. Todos os muçulmanos se voltam para Meca ao rezar e esperam visitá-la em peregrinação ao menos uma vez na vida. Também há muçulmanos no norte de África e em países do leste da Ásia como a Indonésia. O Islam é a religião que se expande mais rapidamente, devido à actividade missionária e ao crescimento da população nos países muçulmanos. Actualmente há mais de 1 bilhão de fiéis do islão no mundo.
História do Islam
Os muçulmanos acreditam que o Islam sempre existiu como modo de vida que Deus destinou à humanidade. Ele teria enviado uma série de profetas, tais como Musa (Moisés), para atrair as pessoas à verdadeira fé, culminando com Maomé como mensageiro de Deus. A fé islâmica foi revelada a Maomé no século 7. O islamismo espalhou-se pelo oeste da Ásia e pelo norte da África. Mais tarde, as viagens dos mercadores árabes, as descobertas dos cientistas muçulmanos e as conquistas dos seus soldados difundiram a fé por toda a parte do mundo.
Ensinamentos e Escrituras
O fundamento da fé islâmica é o Corão, escritura sagrada que para os muçulmanos representa a palavra divina. O Corão trata de Deus e da Sua grandeza, da necessidade de obedecer-lhe e da Sua ira contra os não crentes. Trata também do papel de Maomé como mensageiro de Deus. Contém ainda uma infinidade de preceitos sobre a família e a comunidade. Esse material é complementado pela suna ("caminho", ou "costume"), síntese dos actos e palavras de Maomé contidos nos hadiths. Juntos, o Corão e a suna constituem as fontes principais da lei islâmica.
Culto
Alguns Princípios Islâmicos
O Ramadão é um mês muito especial para os muçulmanos, em toda a parte do mundo realizam vários tipos de adoração, dos quais o mais importante é o jejum.
Esse jejum de Ramadão é um dos cinco pilares do Islam, obrigatório para todos os adolescentes e adultos que estiverem em condições de fazê-lo. O Ramadão também é um mês no qual a primeira revelação veio ao Profeta Muhammad e, portanto, é chamado o “Mês do Alcorão”. Durante esse mês, existe uma mudança perceptível nas vidas das pessoas e nas sociedades.
Uma Refeição Antecipada
“Façam uma refeição antes da alvorada, porque nela existem bênçãos.” (Saheeh Al-Bukhari)
Embora não seja obrigatório, as famílias muçulmanas acordam bem cedo no Ramadão, antes dos primeiros raios de luz, e partilham uma refeição leve, esse ensinamento foi implementado pelo Profeta. Geralmente o dia de um muçulmano começa com a oração da alvorada realizada quando os primeiros raios de luz aparecem no céu, esse é o horário de começar a jejuar abstendo-se de comida ou bebida, o Profeta, “que Deus o exalte”, encorajou os muçulmanos a levantarem-se antes desse horário para partilharem a refeição.
O jejum, não é ter fome ao longo do dia mas, ao contrário, mudar o estilo de vida de modo a estar mais inclinado à adoração de Allah. O que frequentemente perde o horário da oração da alvorada, é mais difícil de executar as cinco orações devido ao seu horário, nesse mês abençoado levanta-se cedo para partilhar a refeição, assim acostuma-se a acordar cedo, o que a ajudará a realizar a oração da alvorada pelo resto do ano.
A oração que os muçulmanos mais gostam é a chamada “Qiyaam-ul-Layl”, ou a oração do meio da noite. Essa oração é realizada antes da oração da alvorada de forma individual. Eles gostam tanto dela que é geralmente qualificada de “Oração dos Virtuosos”, uma oração realizada pelos devotos quando a maioria das pessoas continuam a dormir.
Acordar nas primeiras horas antes da alvorada para fazer uma refeição também encoraja os crentes a realizarem essa oração abençoada, o que de outra forma seria uma tarefa árdua para alguns.
Essa refeição deve ser feita próxima da alvorada, e assim as pessoas continuam a comer até ouvirem o muezzin, ou chamador da oração, para fazer o azaan na mesquita local, e sinaliza que os primeiros traços de luz apareceram. Assim, os muçulmanos terminam a refeição e preparam-se para a oração congregacional na mesquita local, que é repetida 5 vezes por dia ao longo do ano.
O Mês do Alcorão
Após comparecerem a oração da alvorada, muitos muçulmanos escolhem sentarem-se na mesquita para recitarem uma parte seleccionada do Alcorão. A recitação do Alcorão é recomendada em todos os momentos e devido a isso a fé no Islão aumenta:
“Os verdadeiros crentes são aqueles que, quando Allah é mencionado, os corações estremecem, e quando os versículos são recitados, fazem aumentar a Fé, eles confiam no Senhor (somente).” (Alcorão 8:2)

Por ser o mês no qual o Alcorão foi revelado, os muçulmanos são mais zelosos em recitá-lo na sua totalidade, e isso foi feito pelo Profeta.
“ O Profeta encontrava (Gabriel) todas as noite no Ramadão e eles recitavam o Alcorão um para o outro.” (Saheeh Al-Bukhari)

Durante o Ramadão, no mundo muçulmano, dificilmente se encontrará uma mesquita vazia a qualquer hora do dia. Os muçulmanos tentam reservar um tempo nesse mês para completar o Alcorão e ponderar sobre os seus significados.
Jejum do Dia
Na maioria dos países muçulmanos, a carga e o horário de trabalho são aliviados de modo a acomodar as características especiais desse mês. As crianças vão para a escola um pouco mais tarde pelo facto de acordarem cedo e fazerem a oração da noite, a maioria dos negócios fecha antes de o anoitecer. Muitas lojas permanecem abertas ao longo da noite.
Durante as horas do dia até que o sol se ponha no horizonte os muçulmanos abstêm-se de todos os tipos de comida e bebida, assim como de relações sexuais com os cônjuges. Isso cria um sentimento no muçulmano ao longo do dia de que ele está a obedecer aos mandamentos de Deus, quando deixa de lado coisas que são perfeitamente permissíveis noutras épocas, e cria uma consciência que os encoraja a deixar as acções que são sempre proibidas. Os muçulmanos, com a boca seca pela falta de água e abstendo-se de todos os tipos de alimento durante o dia, adquirem um sexto sentido – a consciência de Deus – e esse é o objectivo de jejuar o mês de Ramadão. Deus diz no Alcorão:
“Jejuar foi prescrito a vós com foi prescrito àqueles antes de vós, de modo que adquiram consciência de Deus.” (Alcorão 2:183)
Nas sociedades muçulmanas o espírito de paz reside nos corações dos muçulmanos durante o Ramadão, devido à adoração adicional e prevenção de todos os males e más condutas. As pessoas estão geralmente mais despreocupadas e fáceis de lidar, e quando se vive numa sociedade por um mês no qual a maioria das pessoas está a jejuar, o sentido de unidade e irmandade resultante não pode ser equiparado por qualquer outra ocasião excepto, talvez, o Hajj.
Iftar, ou Quebra do Jejum
Quando o dia termina, os muçulmanos reúnem-se nas suas casas e esperam pelo pôr-do-sol. As mães e filhas estão geralmente ocupadas nesse horário a preparar a quebra do jejum e o jantar, enquanto os homens geralmente regressam dos trabalhos e vestem roupas mais confortáveis, recitam o Alcorão ou ajudam na preparação da quebra do jejum. Antes do pôr-do-sol, a família reúne-se à mesa e esperam pelo muezzin, pedem nesse momento a Allah Misericórdia.
“Para cada pessoa que jejua existe uma oração que é atendida quando quebra o seu jejum.” (Tuhfat-ul-Muhtaj)
Quando a chamada para a oração é ouvida, os muçulmanos apressam-se para quebrar o jejum com tâmaras, imitando o Profeta, e oferecem palavras de gratidão ensinadas pelo Profeta, “que Deus o exalte”.
“A sede foi saciada, e as veias ficaram húmidas e cheias, e a recompensa é certa, se Deus quiser.” (Abu Dawood)
Muitos muçulmanos acrescentam:
“Ó Allah, por Ti somente eu jejuei, e em Ti somente eu acreditei. Com as Tuas provisões eu quebrei o meu jejum, e em Ti eu confiei.”
Os muçulmanos então fazem uma refeição leve composta de aperitivos e bebidas variadas. Muitas vezes os muçulmanos convidam, ou são convidados, por membros da família, amigos, ou pobres. A maioria das mesquitas também oferece comida para aliviar o sofrimento dos pobres. Muitas mesquitas oferecem o Iftar para fortalecer os laços da comunidade, comum em países nos quais os muçulmanos são minorias. O Profeta Muhammad encorajou a alimentar outras pessoas durante esse mês abençoado em seu dito:
Religião e Cultura Muçulmana
A religião muçulmana tem crescido nos últimos anos, é actualmente a segunda maior do mundo e está presente em todos os continentes, porém, a maior parte de seguidores do islamismo encontram-se nos países árabes do Oriente Médio e do norte da África.
A religião muçulmana é monoteísta, ou seja tem apenas um Deus, Alá foi Criada pelo profeta Maomé, a doutrina muçulmana encontra-se no livro sagrado, o Alcorão ou Corão, que foi fundada na região da actual Arábia Saudita, e a Vida do profeta Maomé.
Muhammad que é Maomé nasceu na cidade de Meca no ano de 570, e filho de uma família de comerciantes, passou parte da juventude a viajar com os pais e conhecendo diferentes culturas e religiões.
Aos 40 anos de idade, e de acordo com a tradição, recebeu a visita do anjo Gabriel que lhe transmitiu a existência de um único Deus, e a partir desse momento, começa a sua fase de pregação da doutrina monoteísta, porém encontra grande resistência e oposição, das tribos árabes que seguiam até então uma religião politeísta, com a existência de vários deuses tribais.
Maomé começou a ser perseguido e teve que emigrar para a cidade de Medina no ano de 622, e este acontecimento é conhecido como Hégira e marca o início do calendário muçulmano, em Medina, Maomé é bem acolhido e reconhecido como líder religioso.
E consegue unificar e estabelecer a paz entre as tribos árabes e implanta a religião monoteísta, e retornar a Meca, consegue implantar a religião muçulmana que passa a ser aceita e começa-se a se expandir pela península Arábica, é reconhecido como líder religioso e profeta, que faleceu no ano de 632, porém a religião continuou crescendo após sua morte.
Também o Alcorão não foi estruturado como um livro durante a vida de Maomé, só após a morte de Maomé em 632 iniciou-se o processo para a realização do manuscrito.
Livros Sagrados e Doutrinas Religiosas
O Alcorão ou Corão é o livro sagrado que reúne as revelações que o profeta Maomé recebeu do anjo Gabriel, este livro é dividido em 114 capítulos, (suras ou versículos).
Entre tantos ensinamentos contidos, destacam-se a omnipotência de Deus Alá, e a importância de praticar a bondade, generosidade e justiça no relacionamento social.
O Alcorão também se manifesta nas tradições religiosas, e passagens do Antigo Testamento judaico e cristão, os muçulmanos acreditam na vida após a morte e no Juízo Final, com a ressurreição de todos os mortos.
A outra fonte religiosa dos muçulmanos é a Suna que reúne os dizeres e feitos do profeta Maomé.
A Sharia define as práticas de vida dos muçulmanos, com relação ao comportamento, as atitudes a alimentação, e de acordo com a Sharia, todo muçulmano deve seguir cinco princípios aceitar Deus como único e Muhammad (Maomé) como seu profeta, dar esmola ou Zakat de no mínimo 2,5% dos seus rendimentos para os necessitados, fazer a peregrinação à cidade de Meca pelo menos uma vez na vida, desde que para isso possua recursos e faça diariamente as orações, Jejuar no mês de Ramadão com objectivo de desenvolver a paciência e a reflexão.
Existem três locais sagrados, a cidade de Meca, onde fica a pedra negra, a cidade de Medina, local onde Maomé construiu a sua primeira Mesquita ou templo religioso dos muçulmanos.
A cidade de Jerusalém, cidade onde o profeta subiu ao céu e foi ao paraíso para se encontrar com Moisés e Jesus.
Os seguidores da religião muçulmana dividem-se em dois grupos principais, sunitas e Xiitas, aproximadamente 85% dos muçulmanos do mundo fazem parte do grupo sunita, que de acordo com os sunitas, a autoridade espiritual pertence toda a comunidade, os Xiitas também possuem a sua própria interpretação da Sharia.
Os Cinco Pilares da Religião Islâmica
São a estrutura da vida do muçulmano, A fé, a oração, o interesse pelo necessitado a Zakat, a auto-purificação o jejum e a peregrinação a Makka. A chahada que está inscrita sobre a entrada do Palácio Oman Topkapi é o museu que possui um manto usado pelo Profeta, entre outros tesouros.
1º A Fé
Não há outra divindade além de Deus e Muhammad é o seu Mensageiro, esta é a declaração de fé que é chamada de chahada, uma fórmula simples que todo o crente pronuncia, em árabe a primeira parte é La ilaha illal-lah, que não há outra divindade além de Deus, a segunda parte da chahada é Muhammad Rassul-lah, que é Muhammad é o Mensageiro de Deus, com uma mensagem de orientação, que veio por intermédio de um homem como nós mesmos.
2º A Oração
A Salat é o nome das orações obrigatórias que são praticadas cinco vezes ao dia, que constituem um elo directo entre o adorador e Deus, as orações são orientadas por uma pessoa instruída, com conhecimentos profundos sobre o Alcorão, que é escolhido pela comunidade.
As cinco orações diárias contêm, versículos do Alcorão e são recitados em árabe, a linguagem da Revelação, mas as súplicas pessoais podem ser feitas no idioma de cada um, as orações são praticadas desde a alvorada, ao meio-dia, no meio da tarde, ao crepúsculo ou anoitecer e à noite, e assim se determina o ritmo do dia todo, apesar de ser preferível praticar a oração em conjunto numa mesquita, o muçulmano pode orar em qualquer lugar, tal como: nos campos, escritórios, fábricas e nas universidades, desde que estes locais estejam limpos.
3º Zakat
Um dos mais importantes princípios do lslam é que todas as coisas pertencem a Deus, e que a riqueza, está confiada aos seres humanos a palavra Zakat significa a purificação e o crescimento, como as nossas posses são purificadas com a separação de uma parte delas para os mais necessitados, o exemplo do corte na poda das plantas, representa, equilibra e estimula os novos crescimentos.
Cada muçulmano calcula individualmente o seu próprio Zakat ou esmola, que na maioria dos casos envolve o pagamento de dois e meio por cento do capital da pessoa, a pessoa piedosa deve também dar tanto quanto possa como caridade a sadaka, e fazê-lo preferivelmente em segredo, apesar dessa palavra poder ser traduzida como a caridade voluntária, porque tem um significado mais amplo.
4º O Jejum
Todos os anos e durante o mês do Ramadão, todos os muçulmanos jejuam, desde a alvorada até ao pôr-do-sol, abstendo-se da comida, bebida e das relações sexuais. Todo aquele que estiver doente, for idoso, em viagem, as mulheres grávidas ou amamentando, é-lhes permitido quebrarem o jejum e jejuarem o mesmo número de dias numa outra época do ano.
Se houver uma incapacidade física para fazê-lo, devem alimentar uma pessoa necessitada por cada dia não jejuado. As crianças começam a jejuar e a praticar as orações a partir da puberdade ou adolescência, o jejum é um método de purificação pessoal, ao privar-se dos confortos mundanos, mesmo por um período curto, o que pratica o jejum adquire a verdadeira fé e ao mesmo tempo desenvolve a sua vida espiritual.
5º A Peregrinação
A peregrinação anual a Makka “Hajj” é uma obrigação somente para aqueles que são fisicamente e financeiramente capazes de empreendê-la, apesar de Makka ter sempre muitos visitantes, o Hajj anual começa no décimo segundo mês do calendário islâmico, assim o Hajj e Ramadão calham algumas vezes no verão, outras no inverno.
Os peregrinos vestem roupas simples para não haver distinções de classes e cultura, assim todos ficam iguais perante Deus, os rituais do Hajj foram instituídos por Abraão, incluindo a circuncisão.

Os Muçulmanos Crêem
Os muçulmanos crêem num ser único que é incomparável, Deus, nos anjos criados por Ele, como nos profetas pelos quais as suas revelações foram transmitidas à humanidade, no dia do Juízo e na prestação individual de contas pelas acções praticadas, na autoridade total de Deus sobre o destino do homem e na vida após a morte.
Os muçulmanos crêem nos profetas a partir de Adão, incluindo Noé, Abraão, Ismael, Isaac, Jacob, José, Jó, Moisés, Abraão, David, Salomão, Elias, Jonas, João Batista e Jesus, “que a paz esteja com eles”, mas a mensagem final de Deus para o homem, é uma confirmação da mensagem eterna e um resumo de tudo que acontecera anteriormente, foi revelada ao profeta Mohammad por intermédio do anjo Gabriel.

O Que é a Kaaba
Há aproximadamente 4000 anos atrás, Deus ordenou a Abraão e a Ismael ”que a Paz esteja com eles” a construção da Mesquita Kaaba local de adoração, esta foi construída em pedra. Muitos acreditam, que a Mesquita foi um santuário fundado por Adão,” que a Paz esteja com ele”.
Deus ordenou a Abraão “que a Paz esteja com ele”, para convocar toda a humanidade para visitar o local, e quando os peregrinos chegam, dizem, “eis-nos aqui, ó Senhor,” em reposta à convocação.

O Alcorão
O Alcorão é um registo das palavras reveladas por Deus por intermédio do anjo Gabriel ao Profeta Mohammad, foi memorizado por ele, e então ditado aos seus companheiros, e registado pelos seus escribas, que o conferiram durante a sua vida.
Nenhuma palavra das 114 suratas ou versículos foi mudada ao longo dos séculos, assim o Alcorão é, em cada detalhe, o único e miraculoso texto que foi revelado a Mohammad catorze séculos atrás.
O Alcorão ou Corão em árabe قُرْآن, transl. (Al-qur’ãn), ou recitação é um livro sagrado do islamismo, porque os muçulmanos acreditam que o Alcorão é a palavra exacta de Deus Alá revelada ao profeta Maomé (Muhammad) ao longo de um período de vinte e dois anos, a palavra Alcorão deriva do verbo árabe que significa declamar ou recitar; o Alcorão é portanto uma recitação ou algo que deve ser recitado.
O Alcorão, é a verdadeira palavra de Deus revelada, e a principal fonte da fé e da prática de todo muçulmano, trata de todos os assuntos relacionados com eles, como seres humanos, a sabedoria, doutrina, rituais e lei, mas o seu tema básico é o relacionamento entre Deus e as Suas criaturas, ao mesmo tempo ele proporciona orientação para uma sociedade justa, uma conduta decente e um sistema económico equitativo (recto).
O Alcorão não foi estruturado como um livro durante a vida de Maomé, mas á medida que o profeta recebia as revelações, ele solicitava aos jovens letrados que faziam parte da sua comitiva que transcrevessem os textos, o chefe desta equipe de secretários, que surgiu de forma institucionalizada após a Hégira (fuga de Maomé de Meca), foi Zayd ibn Thabit.
Os textos eram preservados em vários materiais: folhas de tamareira, palmeira, pedaços de pergaminho, omoplatas de camelos, pedras e também na memória dos primeiros seguidores, e durante as noites do Ramadão, Maomé recapitulavam as revelações, numa conferência onde estavam presentes os logógrafos (escritores profissionais) e os hafiz (termo que os muçulmanos utilizam para pessoas que têm o Alcorão completamente memorizado), e que conhecem todas as passagens do Alcorão e que escutavam as prédicas (pregações) do profeta.
O Alcorão descreve as origens do Universo, o Homem e as suas relações entre si e o Criador, define as leis para a sociedade, moralidade, economia e muitos outros assuntos, foi escrito com o intuito de ser recitado e memorizado, os muçulmanos consideram o Alcorão sagrado e inviolável.
Para os muçulmanos, o Alcorão é a palavra de Deus, sagrada e inalterável, que fornece as respostas á acerca das necessidades humanas diárias, tanto espirituais como materiais.
Os muçulmanos não seguem apenas as leis do Alcorão, eles também seguem os exemplos do profeta, o que é conhecido como a Suna, e a interpretação do Corão contida nos ensinamentos do profeta, conhecida como hadith.
Normalmente, os muçulmanos guardam o Alcorão numa prateleira alta do quarto, em sinal de respeito pelo Alcorão, apenas a versão original em árabe é considerada como o Alcorão, as traduções são vistas como sombras sem significado.

Tribos Urbanas do Século XXI- Seus Valores e Tradições
Para tentar compreender as razões pelas quais os actores se movem no plano internacional, como num jogo de xadrez, isso implica no entendimento das suas principais forças motrizes, o exame do cenário internacional no século XXI exige ultrapassar os limites do Estado da nação até chegar aos valores das civilizações, e nesse novo cenário, o Islão é uma das civilizações fundamentais para a compreensão do mundo moderno.
As relações internacionais inauguram no século XXI com um novo desafio aos seus analistas, em compreender as diversas forças que actuam na tomada de decisões dos principais actores no plano internacional, o Islam surge nesse novo cenário como um actor inusitado (inabitual) e de grande porte, que implica considerações antes limitadas à esfera do Estado da nação.
Já no entendimento do Islam como um complexo sistema sócio-religioso implica em embates com os outros sistemas socioeconómicos, preponderantes no mundo ocidental, o grande desafio para as relações internacionais, a partir desse novo paradigma, será compreender uma série de variáveis que ultrapassam o entendimento do Estado da Nação como actor principal no tabuleiro de xadrez do plano internacional.
Um dos principais pontos a serem considerados será a compreensão do Islam enquanto religião e sistema de valores, é possível distinguir entre as crenças e as interpretações nativas que influenciam a forma pela qual a religião foi sendo moldada pelos séculos, atribuir ao Islão uma percepção de religião fundamentalista torna-se, nesse momento, uma percepção errada e preconceituosa.
Também na história da civilização sempre esteve marcada por movimentos religiosos ou de levantamentos de cunho militar, e a análise desses factos exige estudos complexos, como os movimentos que marcaram o século passado e que colocaram em destaque o Islão no cenário internacional no início do século XXI sempre estiveram presente na história das civilizações, o que observamos actualmente não se resume a um embate entre duas ou mais religiões de alcance universal, questões como religião, Estado da nação, sociedade civil e outras variáveis possuem seu lugar no cerne dos conflitos.
O Islam possui uma especificidade no que diz respeito ao seu modo de actuar em diversas esferas no entanto, os processos designados fundamentalistas que tanto incomodam as nações ocidentais e que os fazem ser percebidos como uma ameaça iminente não surgiram como um fenómeno aleatório e sem explicações, o maior desafio é compreender como os acontecimentos que marcaram os últimos anos das relações internacionais, principalmente no que toca aos ataques as torres gémeas do world Trade Center nos Estados Unidos e todos os seus desenvolvimentos não são algo separado da própria realidade mundial e da modernidade.
O terrorismo existe desde longa data, em diversas sociedades, das formas mais distintas, e os factos que marcam a história do Islão não são condições suficientes para uma visão determinado que os classifiquem como tais, é preciso ter entendimento e sagacidade suficiente para compreender que em cada sociedade, o seu tempo surgem em frentes que reflectem um impacto importante sobre as mesmas e muitas vezes sobre outras nações no plano internacional, e entretanto essas frentes não são o espelho de toda uma sociedade.
Também a preocupação em compreender o fenómeno do fundamentalismo islâmico exige aprofundar em diversos estudos, que se ocupam com as ciências políticas, sociais, económicas e religiosas, com o propósito de não formar uma visão enviesada.
No Islam a sua complexidade exige o entendimento de duas forças impulsionadoras que envolvem essa religião actualmente, o fundamentalismo e a modernidade, que é objecto de longas discussões, devido à amplitude de análises possíveis e pertinentes que envolvem os dois conceitos, não se pode considerar uma tarefa fácil de lidar com o assunto, para desenhar uma linha de compreensão em torno do mesmo, faz-se necessária a apreensão de ambos.
Nos dias de hoje, a designação de fundamentalismo aos movimentos extremistas que actuam dentro do Islam, no entanto a discussões sobre o seu uso fora do contexto protestante e correlatos é bastante questionado, caso seja considerado que muitos grupos islâmicos não possuem uma preocupação de interpretação literal do Qur’ân ou Corão leitura, recitação, e que a utilização do termo designa grupos muito distintos entre si.
O factor importante a ser considerado é que o fundamentalismo islâmico que não é um retorno ao passado mas um conjunto de valores orientados para uma Restauração Divina.
O fundamentalismo islâmico adopta uma posição ofensiva em decorrência da sua tentativa de reconstruir a modernidade de negá-la, excepto por agrupamentos extremos como o Talibã, o fundamentalismo islâmico não está estruturado sob uma noção de regresso aos fundamentos da fé, de forma a negar tudo o mais seja externo ao Livro.
Os aspectos do fundamentalismo islâmico não se resume a uma leitura exacerbada, mas sim de uma releitura que encontra respaldo em um processo de interpretação intermediária que busca nessas escrituras uma legitimidade e nesse sentido é que a modernização encontra o seu lugar no processo, uma vez que o fundamentalismo beneficia das comodidades apresentadas pela modernidade.
A possibilidade de o reformismo que predominou entre 1870 e 1920 entre as elites muçulmanas dando lugar, a partir da ascensão de Ataturk na Turquia, a um reformismo muito mais puro, sob a forma do fundamentalismo.
Escolhas Morais Comunitárias
Bombistas suicidas são pessoas (homens, mulheres, e crianças), que usam cintos de explosivos à volta do corpo para explodirem.
Há alguns anos atrás os chamados bombistas suicidas eram pessoas pobres ou de baixos rendimentos, pessoas que estavam desgostosas da vida, e de baixo estatuto social.
Mas os bombistas suicidas de hoje são diferentes, porque geralmente são pessoas com boas formações académicas, e de classe média-alta.
Para os Islâmicos não à honra maior que ser um mártir, pois para as famílias dos bombistas suicidas é um orgulho ter alguém assim na família, normalmente nenhum bombista suicida decide cometer um atentado por iniciativa própria.
Eles aceitam a morte porque são incentivados para cometerem tal acto.
Há cada vez mais mulheres e crianças a serem bombistas suicidas, pois são prometidos elogios e dinheiro para as suas famílias.
Um bombista suicida faz-se explodir, não é com o intuito de por termo à sua vida, mas sim para obter outros resultados.
Resultados esses que podem passar pela morte de várias pessoas inocentes.
Eles são incentivados a fazerem tais actos por líderes que os influenciam até estarem preparados para serem mártires, os líderes incentivam-nos a lutar contra os infiéis, que no Iraque, por exemplo é contra as tropas Americanas e os seus aliados, e dessa forma tentam alcançar os seus objectivos.

A Mulher no Mundo Islâmico
O primeiro e mais importante papel da mulher na sociedade são o de esposa e mãe. A instrução e o conhecimento são indispensáveis para a qualificação no bom cumprimento deste papel, as mães são as primeiras professoras do Islam e da vida, uma mulher que conhece a sua religião e é consciente dos seus deveres islâmicos cria os filhos numa atmosfera de amor e obediência a Allah (swt), fazendo-os crescer no amor ao Islam e respeitar os limites de Allah (swt) por amor e não por imposição.
Por isso, a mulher, mesmo que apenas para cumprir o seu papel primordial, de esposa e mãe, tem o dever de se instruir, para que seja capaz de compreender o seu marido, incentivá-lo à prática de boas acções e criar os seus filhos, num ambiente islâmico, ensiná-los e incentivá-los a aderência dos valores islâmicos e da prática do Islam. No papel vital de mãe na formação dos filhos é-lhe incumbido essa responsabilidade, para que possa dar uma educação islâmica sólida, para formar bons muçulmanos para a contribuição de uma boa comunidade.
A Mulher como
Criança e Adolescente
A respeito da aceitação social do infanticídio feminino entre algumas tribos árabes, o Alcorão proibiu esse costume e considerou-o um crime como outro qualquer. “Quando a filha, sepultada viva, for interrogada, por que delito foi assassinada?” (81ª. suratas, 8-9). O Islam exige que a menina seja tratada com amabilidade e justiça. Dentre os ditos do Profeta Muhammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) a esse respeito, citamos os seguintes:"Aquele que tiver uma filha e não a enterra viva, não a insultar, e não preferir o filho homem, Deus o introduzirá no Paraíso”. O direito da mulher de procurar o conhecimento não é diferente do direito dos homens. O Profeta Muhammad disse: “Procurar o conhecimento é a obrigação de todos os muçulmanos e muçulmanas.”
Como Esposa
O Alcorão indica claramente que o casamento é compartilhado pelas duas metades da sociedade, e os seus objectivos, além de perpetuarem a espécie, são o bem-estar emocional e a harmonia espiritual. As suas bases são o amor e a compaixão. Entre os mais impressivos (impressionantes) versículos do Alcorão a respeito do casamento, cita-se.
“Entre os Seus sinais estão, os de haver-vos criado companheiras da mesma espécie para que com elas convivais; e vos vinculou pelo amor e pela piedade.” (30ª. Surata, versículo 21).
De acordo com a lei islâmica, a mulher não pode ser forçada a casar sem o seu consentimento.
Além de todas as outras provisões para a protecção da mulher no tempo do casamento, foi especificamente decretado que ela tem todo o direito do desfrutar de seu dote, que está incluído no contrato nupcial. Este dote é propriedade dela e não é transferível para o pai ou marido.
O conceito do dote no Islam não representa nem preço real, nem simbólico da mulher, como era o caso com algumas culturas, mas é um presente, simbolizando amor e afeição. As regras para a vida matrimonial no Islam são claras e estão em harmonia com a honrada natureza humana.
Em consideração à constituição fisiológica e psicológica do homem e da mulher, ambos têm direitos iguais e deveres mútuos, excepto numa responsabilidade, a da liderança. É uma questão natural em qualquer vida colectiva, e é consistente com a natureza do homem.
O Alcorão diz
“Elas têm direito sobre eles, como eles têm sobre elas; embora os homens mantenham o predomínio.” (2ª. Surata, versículo 228).
Tal predomínio é representado pela manutenção e protecção. Isso refere-se à diferença natural entre os dois sexos o que outorga protecção ao sexo feminino. Não implica, porém, em superioridade ou vantagem perante a lei. Assim, o desempenho da liderança do homem em relação à sua família não significa a predominância do marido sobre a esposa.
O Islam dá ênfase à importância de pedir conselho e anuência (consentimento) mútuos nas decisões familiares.
Além dos direitos básicos da mulher como esposa, vem o direito acentuado pelo Alcorão, e intensamente recomendado pelo Profeta.
Como Mãe
O Islam considera a amabilidade para com os pais próxima da adoração de Deus. “O decreto de teu Senhor é que não adores senão a Ele, que sejais indulgentes com os vossos pais.” (17ª. Surata, versículo 23). Além do mais, o Alcorão apresenta uma recomendação especial para o bom tratamento das mães:
“E recomendamos ao homem benevolência para com os seus pais. A mãe suporta-o entre dores e dores...” (31ª. Surata, versículo 14). Uma famosa tradição do Profeta, diz: “O Paraíso jaz aos pés das mães”.
Tribos Urbanas, do Século XXI Seus Valores e Tradições
As questões relacionadas com os direitos da mulher estão rigorosamente ligadas à questão da modernidade. Para as feministas o Corão foi revelado num momento histórico específico, portanto, a missão destas seria a de reinterpretar o espírito dos mandamentos sob a óptica da realidade contemporânea.
Argumentos semelhantes são utilizados pelas feministas para racionalizar as punições draconianas em relação a mulheres adúlteras ou indivíduos acusados de actividade sexual ilícita (zina). Segundo as leis acerca da evidência estipuladas no Corão, a zina deve ser atestada por quatro testemunhas do sexo masculino e maiores de idade. Considerando que em muitos casos esta regra dificilmente pode ser cumprida, o autor Malise Ruthven demonstra através do discurso de uma feminista muçulmana, Leila Badawi, a possibilidade de uma interpretação alternativa. No caso de uma mulher abandonada ou viúva que fica grávida, ela pode ser protegida pela hila (ficção legal) do "feto adormecido", isto é, uma gravidez pode ser aceita por um período de até sete anos, sendo assim a criança é a herdeira legal do marido ausente ou já falecido. No caso da mulher solteira que fica grávida há uma hila do "banho colectivo". Os banhos eram tradicionalmente abertos em horas e dias alternativos para homens e mulheres e haveria teoricamente a possibilidade de uma mulher virgem ir ao banho logo após o horário reservado aos homens e inadvertidamente sentar-se em uma poça de sémen e engravidar.
A resolução de alterações relacionadas com a fidelidade e a honra irá depender em grande parte do país em que ocorre o julgamento e da interpretação da lei será privilegiada. Mesmo no caso específico da Turquia, cuja base legal é secular e não religiosa, há um número acentuado de mortes “por honra” devido a uma forte pressão cultural e não exclusivamente legal.
Feministas muçulmanas argumentam que o Islão em si não é reaccionário mas sim a sua interpretação, que tende a manter o status quo. Mas não se pode descartar por completo o facto de que o texto sagrado deixa claro em determinadas passagens a condição de inferioridade da mulher, “os homens são superiores às mulheres pelas qualidades com que Deus os elevou acima delas e porque os homens gastam os seus bens a dotá-las.”
As feministas, por sua vez, interpretam essas passagens como fruto de um momento específico e não acreditam que estas suratas servem como justificativas plausíveis para mantê-la numa posição de cidadãs de segunda classe. O argumento de que o testemunho de uma mulher numa questão referente a negócios por exemplo, seria considerado inferior ou não qualificado, aparentemente é uma postura de tempos arcaicos. Mas segundo o Corão o depoimento de uma mulher formada continua inferior mesmo em relação a um homem iletrado. Apesar dessas questões pontuais existem áreas onde as interpretações masculinas são contestadas, em especial no que se refere ao hadith. O questionamento do hadith é um processo menos controverso do que as investidas contra o Corão. Um dos maiores obstáculos encontrados pelas feministas muçulmanas é a questão histórica e cultural. Para os teólogos muçulmanos a contestação das feministas é percebida como provinda de uma fonte hostil, ou seja, a influência do ideário de liberdade e igualdade ocidental.
Fatima Mernissi, marroquina, e Leila Ahmed, egípcias, argumentam que o Islão actualmente é comparativamente menos igualitário do que nos tempos do Profeta. Segundo as escritoras o império Abássida foi um dos grandes responsáveis pela perda de status da mulher devido ao incentivo ao concubinato, e a interpretação claramente masculina do sistema legal. As mulheres no tempo de Maomé eram relativamente livres, participavam na vida pública quando não estavam envolvidas também em batalhas, e contribuíram grandemente para o processo de expansão do islamismo. Argumenta-se ainda que a primeira pessoa a acreditar que as revelações do Profeta eram realmente divinas foi sua primeira mulher, Khadija. Após a sua morte, Maomé contraiu diversos matrimónios sendo a sua preferida a mais nova chamada Aisha. Ela representou um papel importante na guerra civil (fitna) contra os judeus, e foi a inspiração de diversos hadith.
Actualmente mulheres em diversos países muçulmanos estão a lutar pela mudança do sistema jurídico, o que implica em um embate directo com leis divinamente estabelecidas. Em países como Irão e Turquia ocorre uma melhora significativa em relação a participação política, enquanto no Afeganistão e na Arábia Saudita, usar batom e dirigir constitui ainda uma infracção punida com violência e prisão. Como afirmou um estudioso do Islão, Akbar S. Ahmed, as mudanças no mundo islâmico relacionadas as mulheres podem ser reduzidas a uma questão, "a posição da mulher na sociedade muçulmana espelha o destino do Islão.
As mudanças no estatuto da mulher foram significativas. A poligamia foi considerada ilegal e percebida como grande empecilho para a liberdade e dignidade feminina, sendo instituído o casamento e o divórcio como um acto de escolha pessoal, assim como, o estabelecimento de direitos iguais para homens e mulheres. Outro aspecto marcante desta mudança foi a permissão para a mulher muçulmana casar com um não-muçulmano. A religião também foi caracterizada como uma escolha individual e as minorias religiosas, como cristãos e sufis (interpretação mística do Islão), passaram a ser reconhecidas. A reforma educacional foi uma arena de especial importância para o crescente engajamento feminino, e as escolas estrangeiras viram-se com uma grande demanda por vagas.
Associações e clubes formados unicamente por mulheres foram estabelecidos, o que gerava um espaço privilegiado para debates e reivindicações. Em 1929 a União Turca de Mulheres enviou uma petição ao governo exigindo não só o direito de voto em eleições municipais mas paralelamente o direito de se candidatarem. Este direito foi concedido em 1934 e um ano depois já havia 17 deputadas. No entanto temeroso de que a União Turca de Mulheres viesse a tornar-se um partido político, o governo aboliu a União em Abril de 1935 com a justificativa de que o seu propósito já havia sido efectivado. Este acontecimento demonstra que as mudanças estavam inegavelmente ocorrendo, mas estas dariam de forma controlada pelo Estado com o intuito de evitar, pelo menos no seu estágio inicial, uma nova ruptura.
No ano de 1925 foi aberto às mulheres a possibilidade de se tornarem juízas. Em 1933 já havia também uma série de mulheres com o cargo de professoras na Universidade de Istambul, e a primeira a receber um diploma universitário foi Halidé Edib, é conhecida internacionalmente pelos seus trabalhos académicos e romances e foi professora de literatura ocidental, vindo até mesmo assessorar o presidente Kemal Ataturk numa série de actividades voltadas para as questões sociais.
Assim como a influência estrangeira possibilitou um maior contacto com novas ideias como nacionalismo, liberdade e igualdade, movimentos feministas ocidentais também deixaram marcas, mas neste período ainda eram incipientes. Um maior intercâmbio de ideias é possibilitado com a crescente inserção da mulher na academia e consequentemente, na opção desta em estudar em universidades estrangeiras. Segundo Bernard Lewis, "independente das diferentes percepções que cada um possa apresentar sobre a revolução turca, é indiscutível que o kemalismo trouxe nova vida e esperança para a população, restabelecendo energias e respeito próprio, levando-os em direcção não só à independência, mas a algo muito mais raro e precioso, a liberdade”.
Gastronomia Muçulmana
Todo o muçulmano tem 2 gostos peculiares, (são dois gostos que eles admiram em particular), ter sempre comida farta à mesa e o bom gosto por mulheres bonitas.
Colocar um muçulmano sentado a uma mesa, com pouca variedade de alimentos, é uma ofensa muito grave.
Para eles o degustar dos alimentos tem também a expressão de encher a vista, a mesa tem de estar cheia, o muçulmano precisa de ver que sobrou muito, mesmo que a comida retorne à mesa no dia seguinte, ninguém pode negar voltar à mesa no dia seguinte.
Desenvolveram uma culinária das mais exuberantes e extraordinariamente rica.
Tudo na comida muçulmana come-se com pão, os alimentos são comidos com as mãos, dispensam-se os talheres.
O pão, com a agilidade dos dedos, remove qualquer alimento no prato, levando-os saborosamente á boca.
Se observarmos os muçulmanos à mesa sentiremos certamente a boca a salivar e teremos vontade de comer com eles
Eles utilizam as mais variadas especiarias orientais para a confecção dos diferentes pratos com os mais variados sabores e aromas.
Na comida muçulmana tudo tem um sabor diferente, coloca-se na boca e sente-se algo totalmente diferente do que já se provou antes, alguns alimentos chegam a ser até perfumados.
O grão é extremamente utilizado na culinária muçulmana, favas, grão-de-bico, lentilhas, ervilhas, trigo e muito mais.
Tudo combinado com verduras, legumes e até frutas tais como romãs, damascos e uma variedade de frutas secas, que dão além do ar aristocrático, um sabor exótico quando misturados com as especiarias.
Os sabores e aromas desta culinária tão rica mostra-nos o porquê de tantos orientais terem paixão pela variedade e fartura, puro prazer para os sentidos humanos e para a alma.
É um verdadeiro dom colocar muitos alimentos numa panela comum e combinar os seus sabores harmoniosamente com os temperos.
A decoração dos pratos é feita com carinho e sensibilidade para ser agradável à vista, os muçulmanos são generosos e anfitriões e gostam de muita fartura.
A alimentação actualmente caracteriza-se pela utilização de cereais diversos, como o trigo, lentilhas, favas e grão-de-bico, as carnes utilizadas são o carneiro e a cabra, utilizam peixes e temperos diversos, que são pouco conhecidos do Ocidente como a semente extraída do cedro do Líbano. Consome-se bastante fruta, como as tâmaras, romãs, figos, damascos, uvas.
A agricultura é rica em arroz, açúcar, tamareiras e favas, muito utilizadas num prato chamado Full, alhos, cebolas e algodão.
A culinária muçulmana é tão rica em ingredientes que as restrições do alcorão não chegam a ser um problema.
Os carneiros são a fonte mais importante de carne para os muçulmanos, o cordeiro é talvez a carne mais popular na cozinha muçulmana, eles também comiam a carne de camelo e bebiam o leite.
O carneiro assado ou frito é um dos principais alimentos nos países muçulmanos, o pão também é um alimento que não pode faltar, sendo este coberto em muitas ocasiões com carne e cebola, esta prática tornou-se num costume.
O pão liso foi feito ao longo das rotas das caravanas e nos acampamentos nómadas.
É feito de farinha de trigo, água e pouco sal, a massa pode ser aplanada e a forma e feita pela mão como uma tortilha e coloca-se numa bandeja lisa sobre o fogo.
O café foi descoberto aproximadamente a 400 a.C. provavelmente na Etiópia e a sua propagação foi rápida até á Península Arábica, oferecer um copo de café a um convidado faz parte da hospitalidade muçulmana.
As plantas podem conter alguns segredos de feiticeiras, ou a diferença que faz um cozinheiro brilhante e até mesmo a cura para algumas doenças.
As ervas cobiçadas pelo homem desde os primórdios da civilização são responsáveis por trazer o sabor, o aroma e a possibilidade de conservação de alguns alimentos.
É também difícil imaginar uma esfiha (tarte folhada de carne) e tantos outros pratos de origem árabe sem hortelã.
Com essas especiarias à mão, adicionadas à criatividade de alguns chefes, nascem maravilhas da gastronomia nas cozinhas do mundo ocidental e oriental.
Pode-se dizer que a sua utilização é universal, com a diferença da predominância de certos tipos de ervas de algumas culturas e regiões.
Assim, na grande alquimia culinária, os chefes teriam mais dificuldades em mostrar os seus talentos e conquistar paladares requintados sem esses preciosos elementos da natureza.
Se formos convidados para uma refeição muçulmana, teremos que comer com a mão direita, e devemos retirar os sapatos antes de entrar.
Sentar-nos-emos no chão cobertos com tapetes, as solas dos nossos pés não deveram apontar para outra pessoa.
Todas as refeições são à base de peixe, carne de carneiro, carne de camelo e aves.
Os alimentos são temperados segundo o gosto, mas em geral são bem condicionados, os doces são muito saborosos, os muçulmanos consomem muita e variada fruta, ela faz parte integrante da alimentação, os muçulmanos esmeram-se no preparo dos pratos e na sua decoração.
Os muçulmanos são, por natureza, discretos, seja nas lojas ou na sociedade, falam sempre num tom de voz bastante baixo, (pausado e calmo), gostam de mostrar a sua hospitalidade.
Para os muçulmanos a hospitalidade e a arte de bem receber é uma das virtudes mais admirada, é costume preparar uma refeição a contar sempre com um convidado inesperado.
Quando uma refeição termina, deve sempre sobrar muita comida e tenta-se convencer o convidado a ficar para mais uma refeição extra.
Os convidados por sua vez quando visitam a casa do anfitrião pela primeira vez, devem sempre levar um presente.
Nenhuma refeição estará completa sem o tradicional café, este é logo servido após a refeição ter terminado.

Fruta na Gastronomia Muçulmana
A fruta é servida no final de cada refeição, é utilizada nas saladas ou na decoração de pratos.
A fruta é também utilizada nos pudins e para fazer sumos, em Marrocos e na Tunísia muitas frutas são combinadas com os pratos da carne e das aves domésticas, que é uma velha tradição.
As mais utilizadas são: Maçãs (Tuffah), Alperces (Mishmish), Bananas (Mauz), Cerejas (Karaz), Figos (Teen), Uvas (Inab), Limões (Laymoon), Melões (Shumam ou Batikh Asfar), Laranjas (Burtukal), Pêssegos (Durraq), Pêras (Ajaas), Ameixas (Khookh ou Barqooq), Amoras (Farawlah), Tangerinas (Al-Mandareen-Mandareen) e Melancia (Bateekh).
Secagem dos Frutos
Alguns são expostos ao sol como os alperces, as cerejas, as ameixas, e os figos, são secos para serem servidos em pratos doces, e na decoração dos pratos principais.
Alperces (Mishmish) Cerejas (Karaz)

Figos (Teen) Sultanas (Kishmish)
Ameixas secas (Barqooq ou Khokh Mjafaf)
Frutos Secos
Os frutos secos também são servidos nos pratos doces e na decoração ou servidos apenas como snack, (pequeno lanche).
Amêndoas (Louz)
São utilizadas na maioria dos países árabes, e normalmente são misturadas com o arroz.
Caju (Kaju)
Os cajus são misturados com o arroz e nas saladas.

Coco (Jouz Alhind)
O coco é utilizado nas sobremesas e na decoração dos pratos principais.
Avelãs (Bunduq)
Utilizadas em snack, (pequeno lanche).
Pinhão (Sunoubr)

Utilizado em pratos doces, mas o mais frequente são fritos.
Pistáchio (Fustuq)
O Pistáchio é uma semente verde-clara, do tamanho de uma azeitona é originário do Mediterrâneo, e muito apreciado como aperitivo, utilizado em doces e nos pratos salgados, e na decoração dos mesmos.
Comem-se em snack, (pequeno lanche) originários do Irão, e foram servidos pela rainha africana Sheba, aos seus convidados aproximadamente 960 a.C.
Nozes (Jouz)
Estas são tradicionalmente utilizadas na pastelaria.
Grãos, Feijões e Arroz na Gastronomia Muçulmana
O trigo (alimento comum crescia em África, Irão e no Iraque), o feijão e o arroz (foi trazido para a Andaluzia) são muitos utilizados na gastronomia muçulmana.
O couscous (pasta feita de trigo) é o prato nacional da Argélia, Marrocos e da Tunísia, o arroz é uma boa fonte de proteínas e de vitaminas essenciais à saúde.
É comido em toda a parte tem métodos próprios para se cozinhar, é acompanhado frequentemente por um estufado ou misturado com outros ingredientes.
Os feijões são uma fonte rica em fibra, minerais e vitaminas, podem ser misturados no arroz, saladas, e algumas vezes em sopas e em estufados.

Feijões Pretos - eyed (Loubia ou suja)
Estes feijões cozinham-se mais rapidamente do que os outros feijões secos e são utilizados na maior parte das saladas e nos estufados.
Grãos-de-bico (Hummus)
Utilizados em numerosos pratos, tais como sopas, estufados e saladas.
Feijões de haricot (Fasoulia Baida)
Os feijões brancos secos são utilizados nas saladas, sopas e nos estufados.
Feijões vermelhos (Fasoulia Hamra)
São frequentemente usados nas sopas e saladas.
Lentilhas (Adas)
Há três tipos de lentilhas, as vermelhas, castanhas e as verdes, podem ser utilizadas nas saladas ou misturadas com o arroz, e também nas sopas.
Couscous (Kuskus)
Este é um tipo de sêmola de trigo duro, que é moído e humedecido.
A sêmola é cozinhada e é servida com vegetais. É o prato nacional de Argélia, Marrocos e Tunísia.
Trigo Rachado (Burghul)
É o trigo inteiro, que é fervido e a seguir é seco e moído. Requer pouco tempo de cozedura por já ter sido cozido.
Semolina (Smeed)
Este trigo é moído, tem muitas proteínas e baixo teor de gordura, é utilizado tradicionalmente para pudins e doces tais como Basboosa.
É uma excelente alternativa à farinha que se utiliza na fritura de alguns alimentos.
Arroz (Roz)
Vegetais e Plantas na Gastronomia Muçulmana
A cozinha muçulmana está cheia de sabores e de aromas, mas os sabores são sempre moderados e harmoniosos. Os legumes e verduras são utilizados em quase todos os tipos de pratos.
Aparecem nos estufados, nas saladas, são fritos ou cozidos, os mais utilizados são, Alcachofra (Ardi Shawkee ou Khrshouf), Beringelas (Batinjan), Beterrabas (Shmander) Feijões, (Akhdar Sujo) Repolho, (Malfouf), Couve-flor (Qarnabeet) Aipo (Karafs), Courgettes (Kousa), Pepino (Khiyar), Feijões Verdes (Fasoulia Khadra), Alface (Khas) Cebolas (basal) e Ervilhas (Bazeela).

Manjericão (Rihan ou Habaq)
Tem uma folha quase tão grande quanto a do espinafre, é utilizado nas saladas e noutros pratos.
Folha De Baía (Al De Warak)
Utilizada nos marinados de cordeiro e peixes.
Cebolinha (Thoum Almamar)
Membro da família da cebola, mas que tem um sabor doce, este é adicionado às saladas e aos pratos de iogurte.
Agrião (Rashad)
É utilizado nas saladas.
Alho (Thoum)
Utilizado nas sopas, nos pratos principais, porque é considerado um vegetal saudável.
Hortelã - Mint (Na'na)
Há muitas variedades, embora a menta seja a mais utilizada, tem um sabor fresco, é inserida nalguns pratos de saladas, e quando seco é adicionado ao chá, tem um sabor mais suave que a menta.
Sábio (Maramiyeh)
Tal como a hortelã existem muitas variedades, embora o sábio de folha larga seja o mais utilizado.
Tomilho (Za'tar)
Tem um sabor forte, e é utilizado regularmente nos pratos principais.
Utensílios Utilizados na Cozinha Muçulmana

Utensílio para cozer os Cuscus
Potenciómetros de Café
Prato de cerâmica

Colher Grande
Bule de aço inoxidável
Pilão & Almofariz

Copo pequeno de Chá
Receitas Muçulmanas
Bolinhos de Balah
Ingredientes: 500 g de sêmola de milho, 60 g de manteiga, 1 colher (de chá) de fermento em pó, 100 g de açúcar, uma pitada de sal, 2,5 dl de água morna
Guarnição: 500 g de tâmaras secas, 1/2 colher (de café) de canela em pó
Cobertura: 200 g de açúcar, 1 dl água
Preparação: Misturar a sêmola com os outros ingredientes da massa e misturar bem até ficar homogénea. Cobrir com um pano e deixe repousar cerca de 30 minutos, entretanto, descaroçar as tâmaras e cozê-las em água a ferver cerca de 10 minutos. Retirar e esmagar, em seguida adicionar a canela. Divide-se a massa em duas partes iguais e tende-la, reservando três colheres de sopa de tâmaras para a cobertura, rechear os dois bocados de massa e enrole-os com a ajuda de um pano. Corte os rolos em fatias com cerca de 1 cm de espessura e leve-os ao forno, pré-aquecido a 175º C, num tabuleiro untado. Deixe cozer por cerca de 10 minutos até alourarem. Coloque a água e o açúcar da cobertura num tacho e leve a ferver por cerca de cinco minutos. Retire e adicione as tâmaras. Retire os bolinhos do forno, coloque-os num prato e regue com o caldo das tâmaras.
Couscous com Borrego
Ingredientes: 2 colheres de sopa de açúcar, 3 dl de água, 8 dentes de alho, 1 chávena de ameixas, 1 chávena de amêndoas pelada, 6 colheres de sopa de azeite, 3 damascos, 750gr de borrego (lombo), 1 cubo de caldo de legumes, 2 cebolas grandes, 3 colheres de sopa de coentros, 1 colher de sobremesa de colorau, 2 colheres de café de tomilhos, 3 chávenas de couscous, 1 colher de sopa de gengibre (ralado), 18 folhas de hortelã, sal q.b., 3 colheres de sopa de salsa.
Preparação: Prepare o caldo de legumes, levando a água a ferver e juntando depois o cubo de caldo, mexendo até que se desfaça. Deixe ferver 5 minutos e deite sobre a tigela onde colocou o couscous.
Deixe o couscous hidratar durante uma hora, e junte duas folhinhas de hortelã, corte o lombo (bem limpo) em pedaços e tempere-o com 10 folhas de hortelã picada, sal, açúcar e cominhos.
Deixe o lombo adquirir os temperos, e aguarde 30 minutos antes de o cozinhar, frite a carne em dois terços do azeite, junte 1,5 litros de água e deixe cozer em lume brando (com a panela tapada) até que a carne fique bastante tenra. Escorra a carne e reserve.
Na mesma panela, refogue o alho e o gengibre picados no azeite restante, junte a cebola picada e deixe refogar até murchar.
Junte o couscous escorrido, as ameixas, os damascos, os coentros e a salsa, todos picados, o colorau, mexa bem e deixe cozer durante 15 minutos, em lume brando, junte a carne de borrego e junte as amêndoas.
Mexa bem, disponha numa travessa e sirva polvilhado de hortelã picada.

Escolhas Morais Comunitárias
Por que é que os Muçulmanos não comem carne de porco?
“Homem! Comei dos alimentos lícitos e bons que há sobre a terra e não sigais os passos do Demónio! Ele é para vós o inimigo declarado. Ordena-lhes o mal e o desonesto e que digais contra Deus o que não sabeis”. (Alcorão Sagrado, 2: 168-169).
O Islam é uma religião racional, todos os seus princípios e mandamentos estão baseados numa racionalidade. O Islam demonstra que o homem é inocente ao nascer, que o bem e o mal aprendem-se gradualmente, ensina que se devem alcançar as virtudes e evitar costumes que arrastam à perversão, uma vez que o bem e o mal estão no homem, de acordo com a educação que recebe e no meio-ambiente em que se desenvolve a sua vida quotidiana.
O ser humano possui desejos naturais, que se referem ao alimento, à necessidade de sono e de sexo, também tem sentimentos naturais, por exemplo, felicidade, rancor, dor, amor, temor, e fastio.
Os muçulmanos não comem carne de porco porque eles consideram que o sangue é uma corrente vital.
Na actualidade, a evolução da natureza humana não se limita à abstenção da carne de porco também, a carniça e a carne de caça, ainda que seja de vaca, cordeiro ou galinha, tudo isto está proibido pelo Islam.
Os muçulmanos negam a carne de animais predadores, como o leão, tigre, leopardo, víboras, gatos, cachorros, ratos, etc., porque são considerados dentro das Leis Islâmicas como animais impuros.
Esta proibição está baseada no desejo de purificação da própria natureza, já que o alimento, uma vez ingerido, não entra apenas no intestino e se converte em excremento, é absorvido e metabolizado no sistema e circula por todas as partes do corpo humano, incluindo o cérebro e isto, de uma maneira não insignificante, por certo, afecta a natureza do homem. Disse o Imam Ali “O estômago é a porta de todos os males”.
O Islam permite aos muçulmanos ingerir carne pura e não proíbe nem estimula ninguém a converter-se em vegetariano.
O porco é, por natureza, preguiçoso e indiferente no sexo, desgosta-lhe a luz do sol e ele carece de energia para lutar, come quase tudo o que encontra ao seu redor, sejam excrementos ou qualquer imundice.
De todas as carnes de animais, o porco constitui-se no principal receptor de germes daninhos e é o principal reservatório para a infecção humana. Um estudo feito revela que a percentagem de gordura no porco é muito maior que em qualquer outra carne: 91%, contra 56% no cordeiro.
Costumes Alimentares dos Muçulmanos e Leis Dietéticas
O Islamismo promove o conceito de comer para viver ao invés de viver para comer. As orações são oferecidas antes de o alimento ser consumido. Os muçulmanos são advertidos a não comer em excesso e sempre repartir o alimento. Embora muitos alimentos sejam permitidos, determinados códigos devem ser observados e existem algumas restrições dietéticas.
A carne de animais abatidos de um modo humano conforme descrito pelas leis islâmicas é halal (de acordo com a lei islâmica).
Toda a carne para ser usada como alimento deve ser abatida conforme o ritual de escorrer o sangue e pronunciar o nome de Deus. Isso pode ser feito por qualquer um não se designa uma pessoa especial para essa função.
Os muçulmanos consomem produtos de carne kosher, uma vez que sabem que foram abatidos da maneira adequada. Embora todos os alimentos não proibidos especificamente sejam permitidos, determinados alimentos são recomendados como leite, tâmaras, carnes, frutos do mar, doces, mel e óleo vegetal, em especial azeite de oliva.
Caso o animal não tenha sido abatido adequadamente, a carne torna-se haram, (proibida de comer).
Os muçulmanos realizam o jejum todos os anos durante o mês do calendário lunar islâmico, jejuam completamente desde a madrugada até ao pôr-do-sol alimentam-se, somente duas vezes ao dia antes da madrugada e após o pôr-do-sol.
O fim do Ramadão é marcado pela Festa da Quebra Jejum (Eid-ul-Fitr).
Os muçulmanos também são encorajados a jejuar 3 dias por mês, as mulheres menstruadas, grávidas, ou lactentes não são obrigados a jejuar, mas devem cumprir os dias de jejum noutro período.
Festas do Calendário Muçulmano e a Dança
O povo de Marrocos conhece mil e uma maneiras de fazer música e dança. O ritmo e o estilo de dança fazem parte do seu próprio património.
A música e a dança popular profana são admitidas e acompanham os momentos mais importantes do ciclo vital, os ritos das quatro estações e as manifestações de carácter guerreiro.
As festas instituídas pelo Governo, nomeadamente as festas nacionais, são celebradas por grupos folclóricos que asseguram o divertimento público e oficial.
Mas não há necessidade de festas instituídas e acontecimentos precisos que se cante e se dance.
O quotidiano oferece às mulheres magrebinas ocasiões de reunião: tomar conta das crianças, bordar, tecer… A sua condição de afastamento da vida pública reforça a solidariedade levando à criação de espaços e tempos privilegiados.
A dança costuma ter lugar à tarde durante um curto período. Uma entoa um cântico, outra toca num bendir ou numa darbouka e todas batem as palmas. A mais impulsiva do grupo esboça alguns movimentos. São mulheres com gosto inatas para os risos e para a festa.
Geralmente, as festas do calendário muçulmano não dão lugar a manifestações musicais e muito menos a danças, mas somente a cânticos religiosos.

Algumas dessas festas:
- O Mouloud comemora o nascimento do Profeta. Certas peregrinações marabuticas Moussem são feitas nesta ocasião. Esta festa gira também em torno de velhos ritos de fertilidade da terra, mas estas práticas não são reconhecidas pelos muçulmanos ortodoxos.
- Aid el Seguir ou Aid Alftir fecha o período do Ramadão, do jejum, com visitas, prazeres alimentares e oferendas aos pobres.
Em certos meios populares a ruptura do jejum favorece o aparecimento da diversão, sendo os cafés e as praças públicas invadidas pela música e dança.
- Aid el Kebir ou Aid el Adha festa do sacrifício do carneiro. É um rito que comemora o sacrifício de Abraão, dando lugar a grandes refeições em comum.
- A Achoura não mencionada no Alcorão, esta festa comemora o massacre de Al Hussein, filho do rei, mas só os Xiitas celebram a festa em honra deste mártir. Para a maioria das pessoas, a Achoura representa o dia dos mortos e as visitas aos cemitérios.
Em Marraquexe e só nesta cidade, orquestras de homens reúnem-se cantando a dekka, animando a noite de Alchoura, dando a esta festa a sua dimensão de alegria.
- A peregrinação a Meca recomendada pelo Islam é um pretexto para festas majestosas nas cidades.
O Moussem
O Moussem é uma festa marabutica, ou seja, uma peregrinação anual ligada ao culto dos Santos, onde cantos e danças têm um papel importante.
O Islam Ortodoxo rejeita, porém, o culto dos Santos, desacreditando o Moussem.
Cada Moussem no Magreb tem uma personalidade própria. O Santo patrono da peregrinação pode ser de uma cidade, de uma aldeia, o ancestral de uma tribo ou fracção de tribo ou o fundador de uma confraria.
O Moussem rural desenrola-se geralmente nos momentos de ruptura dos trabalhos agrícolas, no fim do Verão e do Outono.
O Moussem citadino coincide frequentemente com uma festa do Calendário Muçulmano, principalmente com a festa do nascimento do profeta.
Os peregrinos rurais e os participantes vindos de longe (homens, mulheres e crianças) agrupados em fracções de tribo, instalam as tendas junto do santuário do santo local, chamado marabuto.
As mulheres também se reúnem, dançam freneticamente até caírem no chão, após serem tomadas pelo transe. Ficam desmaiadas durante a possessão, o corpo sacode-se em espasmos e a respiração é pontuada por pequenos gritos. As mulheres que assistem ajudam-nas a voltar a si.
O Moussem apresenta o carácter de uma festa popular cheia de actividades e divertimentos, com feira agrícola onde se trocam cereais, artesanato, roupas e jóias.
A dança, um pouco religiosa, um pouco profana é um elemento constante em todos os Moussem.
Associa-se o Moussem à liberdade da mulher, porque estas peregrinações autorizam as mulheres a comportar-se de forma pouco habitual. Elas são livres de circular, misturam-se com grupos de homens. Mas estes homens estão sob a protecção do santo que lhes impõe pensamentos puros.
As culturas orientais são muito ricas em danças e tradições. Para aquelas que se interessam pela cultura do Oriente como um todo, não apenas pela Dança do Ventre, as danças folclóricas são óptimas fontes para pesquisa da tradição milenar destes povos. Bailarinas que queiram tornar-se profissionais, não devem limitar-se à aprender o básico da Dança do Ventre, e sim procurar novas formas de dança que apenas enriquecerão a linguagem e expressão corporal e cultural.
Dança com Véus
O véu está presente em várias passagens de textos que falam sobre a dança dos povos do antigo Egipto, por isso é previsível que este seja muito usado pelas bailarinas na actualidade.
Quando se fala sobre a importância e o significado do véu, devemos lembrar que os movimentos na Dança do Ventre estão relacionados aos animais, às plantas, aos símbolos da mitologia egípcia e aos quatro elementos da natureza. Portanto, podemos relacionar o véu com o elemento ar (com os ventos que sopram do deserto).
A dança com véu pode variar de acordo com a intenção e criatividade da bailarina: pode-se dançar com um único véu, com dois ou até nove véus. Algumas bailarinas fazem uso do véu aliado aos snujs (Címbalos de metal utilizados nas danças orientais), e assim é demonstrada a habilidade com os acessórios da dança.
Dança dos Sete Véus
A origem é muito especulada: já foi associada à passagem bíblica onde Salomé pede a cabeça de João Batista. Actualmente, é muito comum ver a dança ser vinculada aos sete chakras corporais, onde cada véu teria a cor de um dos chakras, simbolizando a sua transformação.
A interpretação mais bela seria a de que esta tivesse sido originada de uma antiga lenda babilónica que dizia que a deusa Ishtar descia ao mundo subterrâneo e permanecia lá por seis meses.
A terra morria e nada nascia. Mas quando o seu marido Tammuz descia para vê-la, nos outros seis meses do ano, a terra renascia e todos celebravam, Ishtar, ao descer, passava por sete portais e em cada um deles deixava um de seus atributos: saúde, beleza, poder até chegar nua e indefesa como todos os mortais, para cada portal atravessado pela deusa, a bailarina despe-se de um véu. Para cada um, executa-se um movimento diferente, provocando um sentimento ou uma expressão variada.
Dança com Cimitarra, mais conhecida como a Dança da Espada
Dança com várias versões a partir da sua origem. A primeira seria que esta dança servia para homenagear a deusa Neit, mãe de Ra, deusa da guerra, que destruía os inimigos e abria os caminhos.
A segunda versão conta que a dança com a cimitarra surgiu das tabernas ou casas de prostituição. Os soldados, após um dia de luta, iriam descansar nesses lugares e as mulheres da casa pegavam nas suas espadas e dançavam, para eles como diversão.
Na terceira versão, deriva do Arjã (dança milenar), que só era executada por homens, geralmente os velhos das aldeias, e simbolizava a vitória sobre os inimigos e a conquista de territórios. Com o passar do tempo, as mulheres incorporaram a cimitarra, espécie de espada com a ponta recurvada, às suas danças.
Dança Com Punhal
É uma versão da dança com cimitarra. Quase nada se sabe sobre a sua origem, mas alguns acreditam que, para os egípcios, era uma homenagem à Deusa Selkis, que simbolizava a morte e a transformação. Numa segunda versão, essa dança era realizada pela Odalisca (mulher de Harém) predilecta do Sultão. Para mostrar o seu poder às outras mulheres do Harém, ela apoderava-se do punhal do Sultão e dançava diante de todos, e com isso, ficava provado que ele tinha total confiança nela.

Não há comprovação histórica da veracidade dos factos acima citados, sendo a segunda versão para a dança da Espada provavelmente a mais próxima da realidade, já que o Arjã é uma dança folclórica libanesa. A dança da espada, assim como a dança do punhal, foi vista pela primeira vez ao ser apresentada pela bailarina norte-americana Jamila Salimpour, criadora do Estilo Tribal Folclórico Interpretativo, modalidade de dança que mescla (mistura) dança do ventre e danças folclóricas e traz para as suas performances a interpretação de mitos e lendas orientais. Essas duas danças (punhal e cimitarra) não são consideradas folclóricas pelos povos do Oriente.
Dança das Velas
Também conhecida como Dança das Tacinhas, deriva da Raks Al Shemadan. A bailarina dança com tacinhas (ou pequenos castiçais) com velas, nas mãos. Durante a dança, as taças são equilibradas em partes do corpo da bailarina, como coxas, barriga, etc. Tem a mesma simbologia que a dança com o castiçal, sendo comummente (vulgarmente) apresentada em casamentos, baptizados e aniversários, servindo para iluminar os caminhos dos homenageados.

Dança com Snujs
Snujs é um instrumento rítmico que serve, quando tocado pela bailarina, para acompanhar o ritmo da música e as batidas da sua dança. Os snujs, ou címbalos, são 4 pratinhos de metal presos nos polegares e dedos médios de ambas as mãos, que devem ser tocados leve e rapidamente, fazendo com que o som seja próximo ao dos sinos da igreja. Pode ser tocado livremente, seguindo a música dançada, ou dentro da notação específica do ritmo em questão. Os ritmos mais conhecidos são: Ayyoub, Malfouf, Baladi, Saaidi, Maqsoum, Soudi, Masmoudi Kabir, Chaftatalli, entre outros.
As bailarinas com maior experiência costumam florear mais, ou mesmo tocar durante toda a sua dança. Mas isso não é regra, os snujs podem ser tocados só

Dança com Daff
O Daff é um pandeiro árabe, que tem o som um pouco diferente do nosso pandeiro. Por ser pequeno é de fácil manuseamento, pode ser utilizado pela bailarina, assim como os snujs, para acompanhar a música. Os ritmos mais rápidos são perfeitos para serem acompanhadas pelas batidas do pandeiro no corpo da bailarina. As danças com instrumentos são sempre muito alegres e festivas.
Raks al Nachaat Khaleege
Dança folclórica originária do Golfo Pérsico, área da Península Arábica que engloba países como Arábia Saudita, Kuwait, Oman, entre outros. O nome da dança vem exactamente das suas origens, Khaleege, em árabe, significa golfo. Também é conhecida como Raks al Nachaat, esta dança, é praticada somente por mulheres, é comummente representada nas festas familiares desde a Antiguidade até aos dias de hoje. Para dançá-la, a bailarina usa vestidos longos, cobrindo praticamente todo o corpo. A execução da dança traz uma simples marcação para os pés, sendo o ponto forte da apresentação o trabalho de mãos, braços, cabeça (e cabelos compridos em geral), com movimentos circulares, formando a figura de um oito, etc. A música para o Khaleege também é diferenciada, o ritmo utilizado é o saudi.
Guedra
Dança ritual típica dos nómadas do Deserto do Saara, aparecendo também na Mauritânia, Marrocos e Egipto, também é conhecida como a Dança da Bênção dos Touaregs.
É uma dança de transe, de origem religiosa, que tem por finalidade trazer satisfação e alegria plena àqueles que a praticam e/ou assistem. A base é simples a bailarina executa movimentos com as mãos, para as quatro direcções (Norte, Sul, Leste e Oeste), para quatro elementos (céu - acima, terra - abaixo, ar - para trás e água - para baixo) ou simbolizando o tempo (passado - para trás, presente - para o lado e futuro - para frente).
Outro movimento básico seria a bênção oriental, onde se toca no estômago, no coração e na cabeça, que emane (que faz nascer) a energia da dança no público. Para recuperar a energia dispensada, a dançarina toca na direcção do ombro, e traz a vibração da plateia para si.
Inicia-se com o rosto coberto por um véu, que pode ser abandonado no decorrer da dança. Num certo momento, a dançarina começa a balançar a cabeça, para frente e para trás, em geral bruscamente, até fazer voar as tranças.
Com grande frequência, encerra-se a dança no chão. A roupa típica para dançar a Guedra é o Caftan, acompanhado do Haik, espécie de manto preso à frente do corpo por alfinetes e correntes, acompanhado de adornos para a cabeça e tranças (naturais ou postiças). As músicas utilizadas são cânticos muçulmanos, que duraram muitas horas.
A Cultura Muçulmana trouxe para a Península novos conhecimentos muito evoluídos para a época. Um dos factores mais importante a ser considerado é o fundamentalismo islâmico que não é um retorno ao passado mas um conjunto de valores orientados para uma Restauração Divina.
O fundamentalismo islâmico adopta uma posição ofensiva na decorrência da sua tentativa de reconstruir a modernidade e de negá-la, excepto por agrupamentos extremos como o Talibã, o fundamentalismo islâmico não está estruturado sob uma noção de regresso aos fundamentos da fé, de forma a negar tudo o que seja externo ao Livro.
As populações muçulmanas instaladas na Europa integram-se cada vez mais na vida colectiva Europeia. Mas isso não exclui a solidariedade com o Islão transnacional.
Não basta falar a mesma língua nem ter a mesma formação técnica para compartilhar os mesmos valores morais e políticos. De qualquer modo, a integração objectiva em larga escala não impede que os acontecimentos mundiais dificultem a plena participação dos muçulmanos nas sociedades democráticas da Europa.
A posição do Islam na sociedade difere igualmente de um país para outro, segundo a tradição de cidadania e segundo a maneira como as relações entre a política e a religião se organizam. Em todos os casos, impõe-se a necessidade, conforme os valores democráticos, de reconhecer o islamismo como uma das religiões da população nacional.

Os Muçulmanos na União Europeia: Discriminação e Islamofobia
Independentemente da sua origem étnica ou convicção religiosa, muitos muçulmanos europeus são confrontados com discriminação a nível de emprego, da educação e da habitação.
A discriminação contra os muçulmanos pode ser atribuída a atitudes islamofóbicas,
assim como ao ressentimento racista e xenófobo, já que estes elementos se encontram frequentemente interligados. A hostilidade contra os muçulmanos deve, portanto, ser considerada no contexto mais geral da xenofobia e do racismo contra os migrantes e as minorias.
Embora a recolha de dados sobre incidentes agravados pela religião seja limitada, é evidente que os muçulmanos são vítimas de actos islamofóbicos, que abrangem desde ameaças verbais a ataques físicos.
Os dados disponíveis sobre as vítimas de discriminação revelam que os muçulmanos europeus encontram-se com frequência desproporcionalmente representados em áreas com piores condições de habitação, apresentam um rendimento escolar abaixo da média e taxas de desemprego acima da média. Os muçulmanos têm frequentemente empregos que exigem menos qualificações.
Enquanto grupo, os muçulmanos estão sub-representados nos sectores da economia mal remunerados. Muitos muçulmanos europeus, sobretudo os jovens, deparam-se com obstáculos à sua progressão social, o que pode causar um sentimento de desespero e exclusão social.
Racismo, discriminação e marginalização social são graves ameaças à integração e à coesão da comunidade.

Conclusão
Com a realização deste trabalho, o grupo chegou a conclusão que a cultura muçulmana é muita rica em tradições, tudo para eles é seguido conforme os seus costumes que vêem sendo seguidos desde o aparecimento dos primeiros povos muçulmanos.
Para eles o tempo do Ramadão é o mais importante como pudemos constatar na realização do trabalho, é um mês de adoração no qual os pecadores se arrependem e se voltam para Deus, e o crente rejuvenesce a sua fé. É um período no qual a pessoa se acostuma a levar uma vida de acordo com os mandamentos de Deus e buscando a sua satisfação pela vida.
A Cultura Muçulmana trouxe para a Península novos conhecimentos muito evoluídos para a época. Um dos factores mais importante a ser considerado é o fundamentalismo islâmico que não é um retorno ao passado mas um conjunto de valores orientados para uma Restauração Divina.
As populações muçulmanas instaladas na Europa integram-se cada vez mais na vida colectiva Europeia. Mas isso não exclui a solidariedade com o Islão transnacional.
Não basta falar a mesma língua nem ter a mesma formação técnica para compartilhar os mesmos valores morais e políticos. De qualquer modo, a integração objectiva em larga escala não impede que os acontecimentos mundiais dificultem a plena participação dos muçulmanos nas sociedades democráticas da Europa.
Independentemente da sua origem étnica ou convicção religiosa, muitos muçulmanos europeus são confrontados com discriminação a nível de emprego, da educação e da habitação.

Bibliografia

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http://www.libanoshow.com/home/cultura_arabe/iberica.htm
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